10/02/24

Futebol de Salão

 Time do AJAX


Dentro do contexto romântico do futebol de salão de Floriano, na década de setenta, havia um time praticamente imbatível.

Era o AJAX, agremiação formada por jovens atletas do Colégio Estadual no ano de 1975.

O AJAX jogava por música e foi, na quadra do Comércio Esporte Clube, em 1975, que sagrou-se o campeão do torneio daquela temporada.

Sua formação básica, como observamos na foto, enviada pelo nosso amigo Evandro Vieira, tinha o Eduardo ( Jerumenha ), o goleiro Evandro e o meio de campo Carlinhos Meiota.

Abaixo, no ataque, nada mais nada menos do que os craques Eloneide e Mocó, que deixavam os adversários sem o mínimo poder de reação.

Trata-se de mais um registro da época de ouro de nosso desporto, que os anos não trazem mais, para delírio daqueles que presenciaram esse marco histórico do passado.

9/20/24

Retratos do nosso futebol

 

Dentro das quatro linhas, na época romântica do nosso futebol, não tinha pra ninguém. Gestores e futebolistas destacavam-se pela empatia que exerciam no contexto esportivo daquele tempo.

Gusto, Rafael, seu Milton, Pompéia, Galdino e um tanto outros que não dá pra listar porque é imensa, mas havia essa epopéia que despertavam toda uma sociedade envolta de projetos para a nossa juventude.

Semana do Esporte, Torneios de Férias de Inverno e Verão no Comércio Esporte Clube, Intermunicipal, Campo dos Artistas  e inúmeros campos estaplhados pelos quatro cantos da cidade revelavam craques para o nosso futebol.

Essa foto do Cruzeiro ilustra bem essa passagem maravilhosa do nosso futebol. O Estádio Mário Bezerra se tornava um campo de grandes jornadas, principalmente quando veio a Floriano aquele famoso Tiradentes de Alberto Silva com craques como Balula, Tinteiro e o famoso técnico Castilho.

Atualmente as modalidades são outras. Floriano está sem calendário, mas ainda alimentamos a esperança do retorno daquela hegemonia que tivemos no passado com esses novos valores que aqui e ali aparecem,.

Quem viver, verá.

9/17/24

Retratos do nosso futebol

 RENO ESPORTE CLUBE

Dentro do contexto romântico do nosso futebol, Floriano detinha a expressão de gestores empolgados com a empatia que o futebol proporcionava à sociedade local, dentre os quais o piolho de futebol José Amâncio, gestor e precursor de lances que o esporte bretão exaltou na época de ouro do nosso futebol.

O time do Reno era uma tradicional equipe que participava sempre das principais competições a nível local e uma das suas melhores formações é essa (da foto), quando José Amâncio convocara para disputar aqueles belos torneios de antigamente.

Podemos destacar dessa época na escalação o Zé de Rita, Vicente Xeba, Miguel da Véa Bela, o goleiro Guiné, Pedim do Ouro e o lateral Neco em pé.

Já agachados o saudoso ponteiro Paulo Borges que o ví jogar no Estádio José Meireles (Ferroviário), o alfaiate José Fernandes, Chapéu, Quinto e Gildécio agachados.

Hoje padecemos e carecemos de competições que possam alavancar a auto estima da juventude. O que se vê atualmente são festas e fuás de consumo que lotam os ambientes sem precedentes. Não que tememos pelo futuro dessas novas gerações, mas que precisamos revitalizar um pouco daquele brio que exportávamos para todos os cantos do mundo.

9/04/24

Faleceu Padre DJALMA - Depoimentos e Fotos

 

DEPOIMENTO I 

(Teodoro Sobral)

Estou muito triste c essa notícia da partida do Padre Djalma , era amigo da minha família desde que veio p cá em 1958 vindo de Roma onde tinha se ordenado, ele era bem diferente do Padre Pedro no modo de viver tanto c adultos como c crianças o que me levou a dizer: “Mamãe, o Padre Djalma só é padre na hora da missa. “Liderou os estudantes onde era professor nos ginásios de Floriano, comandou as Periguinacoes Estudantis que criou para a Igreja de Nossa senhora da Guia , vinham inclusive estudantes de outras cidades ; teve um ano ,1964, que foi no Aeroporto Velho onde foi botado uma Cruz registrando o evento , ficando a mesma por muitos anos lá no estacionamento. 

Depois que foi p RJ, Pe  Djalma vinha anualmente passar o aniversário dele em 11 de janeiro aqui em Floriano mostrando o apreço que tinha por n cidade. Passava um mês aqui e em 2 de fevereiro aniversário de minha mãe  ia em n casa rezar uma missa p ela . Lembro dele junto c meu pai e outros amigos lá em casa ouvindo operas e todos ficavam de olhos fechados como manda o ritual. 

Padre Djalma além de professor de português foi o primeiro Diretor do Ginásio Estadual da Escola Normal Monsenhor Lindolfo Uchoa; funcionou por muitos anos num prédio do Calisto Lobo na Praça Cel Borges onde funcionava o antigo Mercado. Hj é um prédio de 5 andares do Ivanildo , no térreo e o Bragança Hotel e nos outros andares aptos de aluguel

Enfim, tenho inúmeras lembranças do querido Padre Djalma e faço minhas as palavras dele na missa de sétimo dia da mãe dele : Não devemos  ficar tristes e sim alegres c pessoa maravilhosa que ele foi . Vai em paz Reverendo( como meu pai o chamava ).

DEPOIMENTO I I

Vassiliki

Hoje saio do meu hábito de não interagir em grupos de whatsapp para me juntar a  todos que tiveram o privilégio de, em algum momento, conviver com Padre Djalma. Saí de Floriano em 1964, com a lembrança do seu exemplo aninhada no meu coração. Ele me ensinou a olhar e ver a realidade. Quase sessenta anos depois,retomei o contato graças ao Teodorinho. Deixo aqui a mensagem que Padre Djalma enviou em 2022 e dá a dimensão do Ser Humano que era. Como dizem os gregos: Bom Paraíso! Que sua Memória seja eterna! A ele toda a minha Gratidão.

8/19/24

GRÊMIO – CAMPEÃO SENSACIONAL

 


PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

" UMA CIDADE SEM MEMÓRIA É UM POVO SEM HISTÓRIA "

DOS ANOS QUARENTA AOS DIAS ATUAIS:

O FUTEBOL DA CIDADE

GRÊMIO – CAMPEÃO SENSACIONAL

Por – Carlos Augusto ( o Pompéia / in memorian )

Transcrito do JORNAL DE FLORIANO DE 23 A 29 / 12 / 1979

Grêmio e Ferroviário realizaram no último domingo, no estádio Mário Bezerra, uma das partidas mais bem disputadas e emocionantes dos últimos tempos em nosso futebol.

Uma partida que durante toda a semana movimentou todos os desportistas locais, os quais esperavam com muita ansiedade o momento da pugna. Foi grande o número de apostas na cidade, já que Grêmio e Ferroviário possuem, inegavelmente, as duas maiores torcidas da Princesa do Sul.

MOVIMENTO DO PLACAR

Sabendo que o Grêmio se constituía num sério e terrível adversário, a moçada do Ferroviário entrou em campo disposta a decidir o jogo logo nos primeiros minutos, aproveitando-se do melhor entrosamento. Zé Bruno fazia o primeiro gol do encontro, aproveitando-se de uma falha gritante do miolo da zaga gremista, após um escanteio, cruzamento de Dedé e deixada espetacular de Guilherme Júnior. Este gol, logo no início da partida, mexeu com os nervos dos atletas do Grêmio, que partiram direto ao ataque e tentativa do seu gol de empate, faziam desordenadamente e disso o Ferroviário soube tirar proveito, alterando o placar para dois a zero, com mais um gol sensacional de Zé Bruno, desta feita, contando com a com a colaboração do goleiro Arudá ( 1 ).

Com esta vantagem, o Ferroviário achou que já era o dono absoluto da situação e começou a rebolar; enquanto isso, o Grêmio procurava se reencontrar em campo a ponto de chegar ao seu primeiro gol aos trinta e sete minutos, por intermédio de Edmar, num lindo gol, sem a menor chance de defesa para o goleiro Marquinhos, que por sinal, voltou a ser o melhor homem em campo.

Era o começo da reação gremista; no entanto, o Ferroviário ainda voltaria a marcar, num gol surpreendente e de muita sorte de Guilherme Júnior, que tentou pegar a bola de primeira e essa resvalou, pegando no lado externo da perna direita, deslocando inteiramente o goleiro Arudá. Eram quarenta e quatro minutos e o primeiro tempo terminou com a vitória parcial do Ferroviário por três tentos a um.

Na segunda etapa o Grêmio voltou mais estruturado. Sabendo que só a vitória lhe interessava e, como Gonzaga e Aroldo não estavam bem na partida, o treinador os substituiu por Luiz Cláudio e Zé Ligeiro, fazendo entrar mais tarde Joaquim José ( 5 ) em lugar de Arudá e Geremias ( 6 ) no lugar de Gilete.

Com isso o Grêmio ficou mais agressivo e o Ferrim começou a perder terreno dentro do campo. Com muita inteligência, Galdino colocou Ribinha ( 7 ) mais a frente e recuou Luiz Cláudio para o meio de campo e foi exatamente Ribinha que se constituiu na figura do jogo, marcando dois gols no tempo normal. O primeiro aos treze minutos e o do empate aos quarenta e três.

VITÓRIA NA PRORROGAÇÃO

De acordo com o regulamento da competição, os dois quadros partiram para a decisão numa prorrogação de trinta minutos. A essas alturas o Ferroviário se mostrava um time totalmente acabado fisicamente. Somente Zé Bruno ( 8 ) lutava bravamente lá na frente, mas não conseguia furar o bloqueio da defesa gremista.

Mas estava escrito que Ribinha seria o pré – destinado a dar o título de campeão do turno ao Grêmio e, aos doze minutos da segunda fase da prorrogação, ele viria a marcar aquele que seria o gol do título e do desespero da torcida do Ferroviário.

Os jogadores Chagas Velho e Herbrand foram expulsos pelo árbitro da partida Gildavan Sales.

JUIZ, QUADROS E RENDA

O juiz do encontro foi o senhor Gildavan Sales, tendo realizado uma excelente arbitragem, comprovando que é, realmente, um senhor árbitro de futebol. Seus auxiliares foram o fotógrafo José Maria de Souza e o taxista Washington Macedo ( 9 ), todos com bom trabalho.

Os quadros formaram da seguinte maneira:

GRÊMIO – Arudá ( Joaquim José ), Edvar, Pedrão ( 10 ), Zuega ( 11 ) e Gilete ( Geremias ); Edmar, Fábio ( 12 ) e Ribinha; Aroldo ( Zé Ligeiro ) ( 13 ), Gonzaga ( Luiz Cláudio ) e Chagas Velho.

FERROVIÁRIO – Marquinhos ( 14 ), Geraldo ( Chiquinho ), Jerumenha ( 15 ), Café e Carlos Alberto ( 16 ), Amaral, Herbrand e Guilherme Júnior ( 17 ); Mineiro, Zé Bruno e Dedé ( Carlinhos Meota ).

A renda do espetáculo foi apenas de R$ 2.405 cruzeiros.

NOTAS EXPLICATIVAS COMPLEMENTARES

ARUDÁ, neto do senhor do mesmo nome, comerciante e político da cidade, filho do saudoso Bucar, grande desportista, organizador de vários times em Floriano, como o famoso Palmeiras, Bonsucesso e que como o filho, era goleiro que no “ seu dia “, tornava-se invulnerável. Graças a interferência dele, junto a seu pai, o senhor Arudá que, como grande amigo do senhor Mário Bezerra, chefe do DNOCS aqui, conseguiu, com o mesmo, o uso de um trator na terraplanagem do terreno de onde surgiu o estádio que leva o seu nome.

GUILHERME JÚNIOR, filho de Guilherme Ramalho, que apareceu como uma grande promessa e a medida que o tempo passava foi declinando junto com a decadência dos clubes da época. Ele também era bom no futebol de salão, onde seu pai se apresentava muito bem como goleiro.

ZÉ VILMAR, irmão de Marquinhos, Paulinho e Carlinhos Meota, todos filhos do senhor Nelson Oliveira.

GEREMIAS, sempre como salvador da pátria durante o tempo em que jogou.

RIBINHA, jogador de fôlego excepcional e muito veloz.

ZÉ BRUNO, embora não fosse um jogador altamente técnico, era muito valente e por isso marcava muitos gols.

WASHINGTON, o taxista do Posto Floriano, sempre colaborava com o futebol, mesmo porque morava próximo ao estádio.

PEDRÃO, bom zagueiro e que participou, também, de vários torneios intermunicipais, morreu deixando saudades.

ZUEGA, grande craque, que com a fragilidade do nosso futebol, procurou novo rumo e se estabeleceu em Teresina, no Flamengo, onde tornou-se astro de primeira grandeza e onde encerrou sua carreira.

FÁBIO, irmão do Jerumenha, do Ferroviário, filhos de Emanuel Fonseca, grande craque do passado, defendendo o Ríver Atlético Clube.

CARLOS ALBERTO, valente lateral esquerdo, filho do senhor Honorato Padeiro.

Ainda na mesma edição do JORNAL DE FLORIANO ( de 23 a 29 / 12 / 1979 ), o competente Carlos Augusto, o Pompéia ( falecido ano retrasado ), nos informava:

“ Está confirmada para o dia 28 de dezembro próximo, no estádio Mário Bezerra, a festa dos velhinhos da bola. Os desportistas florianenses vão ter a oportunidade de rever em campo ex – atletas que no passado deram muitas alegrias ao nosso torcedor, dentre eles se destacaram: Parnaibano, Antonio Luiz Bolo Doce ( já falecido ), Antonio Guarda e Bagana ( a dupla que arrochava e jogava duros ), Poncion ( falecido recentemente ), Chapéu, Nouzinho ( também já falecido ), Beto, Neco, Babau, Pompéia e João Carlos além de outros craques da bola. Será uma tarde inteira de atrações no Mário Bezerra e contará com a presença da Banda de Música do 3º Batalhão da Polícia Militar e da Escola de Samba Mangueira “.

7/03/24

Cangati - RIFIRI, É DURO APANHAR, JAMÉ!

 

CANGATI é um fenômeno, vem ano, passa ano e ele continua a mesma coisa: nem diminui nem cresce, mas deixou de beber. Detalhe: agora, ele anda numa bicicleta proporcional a sua altura, parece um menino, mas deixa pra lá, pois não somos da pastoral da criança para estarmos medindo as pessoas.

Cangati no futebol já foi de tudo, dono de time, treinador, roupeiro, bandeirinha e, por último, rifiri que por sinal dos bons.

Uma passagem interessante desse famoso piolho na epopéia do estádio Mário Bezerra, quando Cangati era escalado para apitar, alguns jogadores mais desaforados, por serem maiores que ele, aproveitavam algumas deixas e o agrediam com pontapés (pensando que era um saco de lutador de boxe).

Alguns torcedores, porém, invocados com aquele procedimento inadequado por parte de alguns atletas, decidiram fazer uma vaquinha e compraram um peixeirinha de 2 polegadas (só servia para tirar escama de peixe), e deram para o nosso herói, orientando-o:

- Se partirem para lhe agredir, seja homi, puxe a bicha e enfrente que dá certo, tu vai ver!

- Vixe! Será que dá certo, véi?

- Dáááá, sim! Num se preocupe! Qualquer coisa, estamos lá enriba da arquibancada.

- Rapaz, daqui que vocês desçam pra me ajudar já muito tempo tô lascado!

Abre-se as cortinas e começa o espetáculo, bola vai, bola vem, de repente, num lance, Cangati marca falta, um dos famosos agressores, partira para cima. Cangati, num pulo de gato, quase que mortal, meteu a mão no cós do calção e puxara de uma bainha novinha feito especial para a peixeirinha, dizendo:

- Vem, cabra da peste, se tu é homi (O cabra saiu em disparada no rumo do matadouro, espantando até os urubus ali existentes, forçando os mesmos alçarem vôo de emergência!).

Moral da história: nunca mais agrediram o nosso querido e atuante rifiri.

Cangati, obrigado pela sua importante participação no futebol florianense!

Pesquisa: César / Colaboração: Lauro Cronemberger

5/20/24

Decisão do Campo dos Artistas

 

 Botafogo de Gusto e Fluminense de Everton disputavam a grande decisão do momento naquele domingo quente de julho no Campo dos Artistas. 

O detalhe é que o seu principal jogador, o Luiz Alberto, estava atrasado para o embate, por conta de que ainda não tinha enchido os potes, obrigação diária imposta pela sua genitora, a dona Maria Clinaura.

 Depois de completada essa tarefa, dona Maria Clinaura libera o menino e esse corre em disparada para o campo, de forma que desse tempo de jogar o restante da partida. 

Tendo em vista que o seu reserva CAFÉ o estava substituindo, provisoriamente, Ubaldo grita: "eita, Café, lá vem Luiz Alberto, ó..." Sabendo que iria ser mesmo substituído, Café simula uma contusão e cai, bufando: "rapaz, peguei uma fisgada aqui no joelho, ó... Vou ter que sair!"