quinta-feira, 29 de abril de 2021

Retratos do nosso futebol

 Hoje é um dia especial para o futebol florianense!

70 Anos de José  Luiz Gonzaga.

Exemplo de Atleta

"GONZAGA" nasceu em Floriano-PI,  em 27 de Abril de 1951, o craque, goleador, centroavante nato, artilheiro,  bom cabeceador,  rápido, habilidoso e driblador por vocação.

Começou nos campinhos de areião, jogou no famoso BOTAFOGO de Gusto, um timaço dostempos do campo dos artistas com Manoel António,  Gilmarinho, Bento,  Bago, Mundeiro, Pedro Taboqueiro,  Zeca Zinidô e outros.

No Reno de ZÉ Amâncio,  jogou ao lado de Jolimar, Selvu e já  no Grêmio de Dr. Calistinha e Galdino Oliveira se consagrou com vários craques: Mocó,  Flexa, Pedrão, Neto, Edmar, Edvar, Chicão, Honório Paulinho, Marquinho e tantos outroscraques.

Outros times que também se consagrou foram o América  de António Martins, Sambaiba de Bazué, Vila Nova de Elias Rocha, time de Chico Urquiza, onde enfrentou zagueiros fortes na marcação: Senhor,  Café,  Teodoro, Buema e outros consagrados.

Gonzaga nos dias atuais

Foi Campeão Intermunicipal pela Seleção de Floriano-PI em 1982 e jogou em outras Seleções como de Amarante e  Canto do Buriti.  

No  FUTSAL do Comércio Esporte Clube, foi campeão pelo Regatas,  foi profissional no Piauí Futebol Clube "Enxuga Rato", jogou ao lado de Dona, Valdivino, Waldemir, ZÉ Barros,  Zezinho Doido, onde deixou sua marca indelével.

Grêmio de Galdino 1973

Esse time do Grêmio (foto), se não me falha, é do ano de 1973. Pela ordem da esquerda para a direita, podemos reconhecer o saudoso técnico Galdino, Antonio Guarda, Edmar, Gilson, Pedrão, Joaquim José, João Rato, Jeremias e Careca. Agachados, Cleber, Gonzaga, Neto da Farmácia, Nenem Cavalcante, Honório (cracasso já falecido e era sobrinho de seu Raimundo Beirão) e Zé Ulisses.

Artilheiro de diversos campeonatos Florianenses, Gonzaga tinha uma empatia com a bola e lidava bem com a torcida nas arquibancadas, fazendo jogadas hilárias e definidoras para as suas grandes conquistas no passado do nosso futebol.

Carnavalesco de primeira qualidade,  considerado um dos melhores percussionistas, principalmente no tamborim, Gonzaga sempre foi imponente e sempre exaltou sua alegria para inúmeros foliões que o viram desfilar na avenida Getúlio Vagas ao lado de outros grandes carnavalescos.

Seleção Florianense 1982

Feliz Aniversário GONZAGA que Nossa Senhora da Guia te Proteja sempre! Continue brilhando com esse seu carisma para despertar na nossa juventude uma nova realidade que teremos para os próximos anos.

Hoje o nosso futebol está carecendo de incentivo. Antes já estava difícil e agora, com essa Pandemia, se torna mais complexo incentivar a nossa base.

Esperamos que novos dirigentes competentes, inteligentes e criativos busquem soluções imediatas e se juntem a atletas do passado e entusiastas para alavancar novamente o nosso futebol de base, como foi no passado no futebol de salão, poeira e antigos e velhos campinhos que possam dar de volta novas alegrias.

Fonte: Cesar de Antonio Sobrinho

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Histórias do nosso futebol

 

TORNEIO DO CAMPOR DOS ARTISTAS

ERAM, ainda, os idos dos saudosos anos sessenta. Como sempre tenho abordado, o Campo do Artista era o palco dos campeonatos amadores de Floriano, o qual tinha como pano de fundo um frondoso cajueiro, onde se agrupavam atletas, cartolas, enfim, todos aqueles que, de certa forma, ajudavam ou atrapalhavam os espetáculos futebolísticos.

Pois bem, chegara, então, o dia do torneio início daquela temporada, torneio esse que preambulava o campeonato de amadores. Campo do Artista - 1964.

Para a realização de tal evento, o Gusto, dono do time do Botafogo, e seu presidente, e também como membro da liga organizadora do campeonato, encomendara ao senhor Raimundo Beirão, renomado carpinteiro da cidade, as traves que seriam postadas no estádio.

Como combinado, tudo foi feito. Confeccionadas as traves, foram estas cuidadosamente fincadas nos extremos do campo, nos seus mínimos detalhes, como exigido nas regras do futebol.

O campo estava uma beleza e o dia maravilhoso para a prática do futebol, dado que até São Pedro mandara uma boa rajada de chuva par sedimentar o areão.

Dada a magnitude do evento, outro não poderia deixar de ser, o árbitro da partida, senão o famoso Vicente Xeba.

Tabela pronta, time equipados, disputariam a primeira partida o Santos de Pulu e o Botafogo de Gusto, sendo que todas as equipes, São Paulo de Carlos Sá, Caiçara, Flamengo de Tiberinho, Bangu do Bosque e outras, já encontravam-se equipadas e aquecidas para os embates.

Tudo bem, não fosse o incidente surgido naquela ocasião, em virtude de o dinheiro arrecadado pelo Gusto não ter sido suficiente para ocorrer como pagamento ao artífice Raimundo Beirão.

Ante esse fato, incontinenti, o seu Beirão, com a ajuda de seu auxiliar de serviços, arrancou as traves e levou-as de volta para a sua oficina, não obstante os apelos e as promessas de todos os que ali se encontravam de que a grana não demoraria.

Sem traves, restou aos cartolas a discussão sobre a realização, ou não, do torneio, muito embora soubessem que esta realização, em última instância, seria decidida pelo grande Xeba.

Assim sendo, dirigiram-se todos até o famoso rifiri, sendo que este, de dedo em riste, bradava:

“num quero nem saber; num quero choro; vai ter jogo; faz as trave de talo de coco; num precisa travessão; num precisa dizer que gol só vale rasteiro...”

Dito isso, apitando bem alto e forte, Vicente Xeba adentrou o campo, numa corrida cadenciada, em marcha a ré, concitando, com as mãos, alternadas, e cadenciadamente, a entrada dos alvinegros ao centro do belo areal.

domingo, 18 de abril de 2021

FALECEU O NOSSO AMIGO JUVENAL

 

Faleceu hoje no Hospital Tibério Nunes, em Floriano, o nosso amigo Juvenal, irmão de Agnia, Agnone e Deloide de infarto fulminante. Juvenal atravessava um momento difícil e estava fazendo tratamento saúde. Era filho de seu Domingos (magarefe) já falecido e de dona Canuta, também já falecida.
 
Juvenal tinha em torno de 66 a 67 anos e foi um dos incentivadores e entusiasta do esporte de Floriano. Foi juiz de futebol na cidade e participava de diversas atividades sócio recreativas na Princesa do Sul. 
 
Estávamos dando umas voltas por entre ruas e becos da cidade, ali, pelo rumo dos antigos americanos, quando nos deparamos com alguns amigos de outrora num barzinho na altura do final da rua Defala Attem, já chegando no Anel Viário.

Começamos a bater um bom bate papo eu, o Juvenal ( irmão de Deloíde ), e Paulo ( irmão de Nitinha ), relembrando a infância apreciando uma cervejinha de leve.

Juvenal fazia parte da liga dos árbitros de futebol da Floriano, ví muitos jogos no passado com ele apitando muito bem, correto na aplicação das regras, dirigiu até finais de campeonatos locais de várzeas e no antigo estádio Mário Bezerra.

O Paulo, esse ainda mora em Floriano, sempre buscando boas amizades para integrar-se ao dia a dia, gente boa, somos amigos de infância dos tempos dos filmes do Cine Natal, peladas, pescarias, tudo o que se diz respeito aos bons tempos de Floriano.

A vida hoje é concorrida, disputada, acirrada em todos os sentidos; portanto, é sempre importante buscarmos essas fontes de outrora, para nos deixar mais confortáveis no dia a dia.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Retratos do nosso futebol

 


Esse time aí da foto, foi um dos mais cruéis contra os seus adversários naquela época dos torneios de futebol de salão de Floriano na quadra do tradicional Comércio Esporte Clube.

Diversos seguimentos sociais davam cobertura a esses eventos esportivos e a comunidade participava de forma provocante e assimiladora no contexto educativo da cidade.

O torneio daquele período, o Férias de Verão, tinha o time da AABB (foto) com um elenco que não dava chance aos adversários. Ganhava todas e os torcedores ficavam entusiasmados.

Na escalação acima, podemos observar os piolhos de bola Bebeto Lobo, Arnaldo, Quinto, Gilmar Duarte, Rui (Banco do Brasil), Chico Bailarinho, Cleber, Puluca e Antonio Luiz Bolo Doce.

Atualmente, não estamos observando mais nenhum evento que possa revitaliza as nossas atividades sócio recreativas.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Retratos do nosso futebol

 



CHEQUINIM ... e o vento levou!

Em meados dos anos noventa, domingo em Parnaíba, sol, muito vento, mulheres belíssimas; ocorre que de repente um carro de som passa na praia e anuncia um dos grandes clássicos do futebol piauiense, o duelo das cidades-princesas, o representante do Iguaraçú, Parnaíba versus Corisabbá da Princesa do Sul.

Largamos tudo e fomos assistir o espetáculo. Início de jogo, o vento fortíssimo e o esquadrão azulino, muito esperto, escolhera ficar a favor do vento, diga-se de passagem o 12º jogador, e não deu outra: em poucos minutos, o primeiro gol da peleja, o vento tornou num despretensioso chute, um verdadeiro petardo (lembrando o craque Tassú) a favor do Parnaíba; no entanto, o Cori-Sabbá, um time guerreiro, partiu pra cima, mas não estava dando, pois o vento tornara-se uma grande barreira.

Encerrado o primeiro tempo, um a zero a favor do tubarão. Vem o segundo tempo, cori indo para o abafa e o vento, agora, a nosso favor, chutão pra cá e pra lá e as poucas bolas que iam em direção do gol, o goleiro adversário ia pegando tudo. O técnico Mocó, dada a circunstância, analisara e decidira: é agora ou nunca, olhou para o banco e viu falando pelos cotovelos o exímio cobrador de falta e escanteio, o nosso famoso CHEQUINIM, mas só liberou a sua entrada em campo faltando poucos minutos.

CHEQUINIM, astuto que só, ficara estudando o posicionamento do goleiro adversário, pois era tipo uma mania do craque ficar analisando o adversário, já estava acostumado a fazer isso no interior de Barão de Grajaú. Quando o apitador autorizou sua entrada, aconteceu um escanteio e, malandramente, cobrara de propósito sem nenhum perigo e o técnico Mocó deu-lhe uma bronca terrível, mas o meia ficara pensando: "vou surpreender todo mundo", segundo ele, o lance anterior era para enganar o goleiro adversário, e não deu outra: aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, em cima das buchas, o desespero já tomava conta dos poucos torcedores que ali estavam, da diretoria e do banco do cori, pois o time precisava de um simples empate para se classificar.

Numa bobeira da zaga, outro escanteio: era tudo o que CHEQUINIM esperava, colocou a pelota com muito carinho na marca da cal e o árbitro autoriza; o craque deu uma trivela espetacular, coisa de craque, a bola partiu no rumo da marca do pênalti, e o vento levou, levou, levou... e marcara um golaço, lá onde a coruja dorme.

A correria foi tamanha para abraçar o grande herói da batalha do vento. CHEQUINIM, de repente vê Mocó caminhando em sua direção para abraçá-lo, e dizendo

- CHEKI, você é ROCHEDO!

Foi aí que ele pensou: "é agora, vou descontar os xingamentos do professor", e, com o dedo em riste, dissera ao técnico:

- "VAI PRÁ LÁ, TRAÍRA...

E saira com aquele sorriso maroto que lhe é peculiar.

Pesquisa: César Augusto / Colaboração: Júlio César - ex-lateral esquerdo do Corisabbá e centro-avante do Princesa do Sul e peladeiro na AABB, conhecedor profundo das resenhas de Chequenim. Na foto, Cheque ladeado com os amigos Galdino, Paulo e Jeremias.