quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Retratos do nosso futebol

ENTREVISTA COM O TONTONHO




TONTONHO - RUMO AOS 2.000 GOLS

PORTAL – Tontonho,qual é a sua paixão?

TONTONHO – Minha família, filhos e amigos.

PORTAL – Conte-nos um pouco de sua biografia, certo?

TONTONHO – Bem, hoje, estou divorciado, sou natural do Crato ( CE ), formei-me em Ciências Contábeis, mas também sou Técnico em Eletrônica, trabalhando atualmente na CHESF, como Gerente de Substação.

PORTAL – Fale de sua família?

TONTONHO – Meus pais vieram do Crato para Floriano no início dos anos setenta e aqui se estabeleceram no ramo de confecções. Meus pais, seu Valmir Correia e dona Aldira, lutaram bastante para a criação dos filhos com muita dificuldade, mas conseguiram vencer.

PORTAL – Vocês, são quantos irmãos?

TONTONHO – Nós somos ao todo de dez irmãos, pela ordem, o José Aldo, a Solange, o Valmir Filho, o Paulo César, o José Neto, o João Bosco ( Bóia ), o Henrique, a Sara e o Luciano e este que vos fala.

PORTAL – Qual é o seu hobby?

TONTONHO - Bem, o meu grande hobby é jogar futebol, onde procuro sempre preservar e atuar anotando todos os gols que faço em todos os jogos pelos quais participo, principalmente em Floriano na AABB.

PORTAL – Conte-nos como começou no futebol?

TONTONHO – O curioso, veja bem, é que comecei jogando no gol no início dos anos setenta, depois passei a ser centroavante, veja como foi engraçado, disparei a fazer gols e, hoje, estou chegando à casa dos dois mil gols.

PORTAL – A propósito, que história é essa de você já ter passado da marca do grande Pelé?

TONTONHO - Pois é, comecei a anotar os gols que fazia na querida AABB/Floriano no dia 11 de junho ( sábado ) de 1994, numa rodada de bebidas, após a pelada, isto é, na famosa RESENHA, onde o nosso amigo CUNHA disse que eu não faria 100 ( cem ) gols até o final daquele ano,os meus amigos que estavam no momento, aí, me incentivaram, aceitei o desafio e, hoje, já estamos com 1.958 gols, ta certo? Observação: no dia 11 de junho ( sábado ) de 1994, comecei por anotar 02 ( dois ) gols.

PORTAL – E quais foram, assim, seus gols mais importantes?

TONTONHO – Provavelmente, eu acredito, que os gols em datas comemorativas, aniversários de amigos, nascimento de meus filhos, Natal e outras datas tornaram-se de suma importância.

PORTAL – E quanto à sua artilharia?

TONTONHO – Fui artilheiro em diversos momentos e torneios, tipo Vice-Artilheiro do Torneio de Férias de Inverno– Floriano; artilheiro do Torneio do Campo da Rua 7 de setembro no final dos anos da década de 80 e por toda a década de 90. ( Considerado até hoje o maior artilheiro que passou por aquele campo ); artilheiro do Torneio dos Torcedores de Times do Rio na AABB (Vas-Fla-Flu-Botafogo ); artilheiro do Torneio de Férias – Guadalupe; artilheiro do Torneio / Mocofolia / AABB; e artilheiro do Torneio de Confraternização AABB / AGESPISA / Bola cheia.

PORTAL – E com relação aos seus títulos conquistados?

TONTONHO – Ganhamos vários títulos, dentre os quais, os títulos recentes, tipo Vice-Campeão do I Campeonato dos Quarentões de Floriano 2.006 -Vice artilheiro; Vice-Campeão do I Campeonato dos Quarentões de Floriano 2.007 -Vice artilheiro; Campeão do I Campeonato dos Quarentões de Floriano 2.008 - Vice artilheiro ( retorno após LCA ); Campeão do Torneio de Confraternização AABB / AGESPISA / Bola cheia.

PORTAL – Pretende, mesmo, chegar aos 2.000 mil gols, como prometidos?

TONTONHO – Certamente, se Deus quiser, vamos chegar lá, já estamos próximos disso, faltando apenas 48 gols, de forma que faremos uma grande festa para comemorar com os amigos em Floriano.
francisco de assis holanda disse...
Grande esportista, CARLOS BEA, como é conhecido em GUADALUPE,parabens TONTONHO pelos 2000 GOL. BIO HOLANDA/OP.USINA E SUBESTAÇÃO-CAMAÇARI-BA.
cesar brandao disse...
Tontonho o grande artilheiro da nossa geração. Parabéns, voce realmente nasceu pra fazer muitos goals, na vida, e nos campos de futebol.
Anônimo disse...
A juventude florianense, necessariamente, precisa dos incentivos, principalmente no futebol, para que possamos nos destacar novamente como no passado.

Puluca
Anônimo disse...
Grande Tontonho!!! Esse passou a ser um grande irmão durante 4 anos de faculdade. Como sempre adorou a carreira de bom goleador,mas como Contador sou um grande suspeito.kkk
Pessoa mui alegre ,estrovertido e sobretudo um grande profissional. Espero que vc possa conseguir trilhar sempre nos gramados da AABB e faça o que vc mais sabe :desenvolver um bom talento pra galera que está nascendo nessa nossa querida Princesa do Sul. Um grande abraço, Paulo César Cipriano Silva Brandão
Sebastião LUNA disse...
Grande Totonho, personagem antológica das peladas do "campo do artista" nos anos da década de 1980. Grande figura, grande sujeito, mas, cá pra nós... 2.000 gols não é demais, Totonho?
Anônimo disse...
Sempre admirei a garra e a seriedade do Totonho dentro das 4 linhas. É determinado e oportunista, o resultado dessas duas qualidades, só poderia resultar em muitos gols. Parabéns Totonho por ter ultrapassado o Rei Pelé e Romário !!!!!!
MARCELLO BRANDÃO
Anônimo disse...
Sendo discípulo de ZÉ ALDO, do TONTONHO não se poderia esperar outra coisa: ser um grande artilheiro.
cristiana c. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tontonho disse...
Caríssimos,muito obrigado pelas palavras/incentivo.Principalmente, por ter vindo de grandes amigos.
Todos jogadores/peladeiros "craques"
dos bons tempos da nossa terrinha.
Um grande abraço com muita saudade...
Nacelio Nobre disse...
Thó, você só chegou a todos esses gols, porque seu irmão Zé Neto, não jogava na defesa do time adversário. Brincadeira... mas quero comemorar junto com você essa sua marca. Um grande abraço (Nacélio Nobre)
Anônimo disse...
Sugiro a AABB,preparar a filmagem do gol 2000 e enviar para o BOLA CHEIA da Globo,pois Carlos em Bea,como é conhecido na Chesf,pode ser o único artilheiro do mundo,com esta marca,em atividade.
at

Mercival Pontes.
Hênderson disse...
É isso mesmo, Carlão. O homem é movido a desafios e esse está para ser superado. Já tem que pensar em outro. Sugestão: O maior Contador de Floriano (Contador de história.kkk) Um grande abraço e muitas felicidades!
Hênderson Lamarck
Anônimo disse...
Caros,realmente o Tontonho merece esta homenagem e reconhecimento.
Dizem que jogo bem,muitos dizem que sou craque.Porém,gols, marquei muito pouco,saber porque?
-Fazer gol,não é para todo mundo.
Cara,você uma estátua na AABB.
Pois, já vi você fazer cada um.
Parabéns,pela pessoa que você é.

Peladeiro amigo...
Anônimo disse...
Anônimo disse...

Caros,realmente o Tontonho merece esta homenagem e reconhecimento.
Dizem que jogo bem,muitos dizem que sou craque.Porém,gols, marquei muito pouco,saber porque?
-Fazer gol,não é para todo mundo.
Cara,você merece uma estátua na AABB.
Pois, já vi você fazer cada gol.
Parabéns,pela pessoa que você é.

Peladeiro amigo...

02:00
Anônimo disse...
Pai agora entendi quando o senhor falava que marco dois gols para mim e pra Cris o resultado foi 2000
Anônimo disse...
Pai, agora entendi quando o senhor falava que marcou dois gols para mim e pra Cris ; o resultado está aí: rumo aos 2000 gols. O senhor é o cara!

Mário Neto
Anônimo disse...
Parabéns por essa marca, mais uma vitória em sua vida desportiva,que Deus o abençoe e preserve a pessoa maravilhosa que és,Forte abraço.

Luciano Teles
Anônimo disse...
Turma, esse cara realmente fêz e ainda continua fazendo muitos gols.
Sempre que venho a Floriano, vou a AABB para matar a saudade dos amigos.Normalmente,encontro o TONTONHO por lá ; não por ele ser meu amigo mas é uma pessoa maravilhosa.Inclusive, ele me falou no final de 2008(fêz 2 gols neste dia)que se DEUS quiser fará sim, os 2.000 gols.
Parabéns,cara.
Anônimo disse...
Melhor atacante que já vi jogar em Floriano!! Grande artilheiro da AABB, onde tenho o prazer de jogar futebol com ele...Belas aulas, grande craque!!

Valeu Totonho!!

André Castro
Ancelmo Castro disse...
Esse é matador (Fez mais gols que Pelé e Romário juntos)!!

Artilheiro nato com quem tenho a honra e o prazer de pegar aquelas verdadeiras "aulas" de futebol todos os sábados na AABB.

É um craque dentro e fora dos gramados!!!!

Parabéns Totonho!!!

Abração!!

Ancelmo Castro.
Edimilson disse...
Carlos de BEA (Tontonho), hoje posso contar para meus filhos que conheço os dois maiores artilheiros do futebol piauiense, Sima no futebol profissional e Tontonho no futebol amador, e ainda tive o prazer de jogar ao lado deles. Parabens Tontonho e continue a marcar e contabilizar o momento mágico do futebol que é o gol.
Edimilson

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Faleceu Josélio Gomes

O adeus ao nosso amigo Belo Felo

Antes do combinado, como sempre dizemos, faleceu anteontem o nosso amigo Josélio Gomes de saudosas jornadas da cidade de Floriano
Josélio com amigos

Josélio tinha um senso de humor apurado, alegre, extrovertido mas duro na hora de defender suas opiniões sobre diversos temas, resenhas de bares e encontros de família e amigos.

Mesmo com as suas condições físicas do momento, lutava contra todas as possibilidades e distribuía simpatia. Quando o encontrava pelos bares da cidade a gente jogava uma boa conversa fora, dava conselhos e mostrava-se sempre motivado com o dia a dia

Que nesse momento de dor e saudade, sua família e seus amigos conservem essa veia humorística e positiva que nos transmitia o nosso amigo Belo Felo, como era conhecidos entre os que mantinha a sua amizade

Josélio com familiares
Que lá do alto consiga também compartilhar sua alegria de viver e de opinar sobre todos os temas que a natureza possa agregar.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

FFP divulga tabela e regulamento do piauiense 2020

Foto: Everardo Torres

A Federação de Futebol do Piauí divulgou no início da noite desta terça-feira (12) o regulamento específico e a tabela completa da Série A do Campeonato Piauiense de Futebol de 2020. 

A competição começará no dia 17 de janeiro, com o duelo entre Picos e River, no Estádio Helvídio Nunes, em Picos. Além do jogo entre o Zangão e o Galo, a rodada de abertura do Piauiense 2020 terá confrontos entre Piauí x 4 de Julho, Altos x Timon e Flamengo x Parnahyba. 

A previsão é de que o campeão estadual seja conhecido no dia 15 de abril.

A edição de 2020 contará com a participação de oito clubes, dois a mais em relação ao estadual desse ano. Picos e Timon, equipes que conquistaram o acesso em 2019, vão se juntar a 4 de Julho, Altos, Flamengo, Parnahyba, Piauí e River.

O Campeonato será disputado em turno único, com jogos de ida e volta, no sistema de pontos corridos. Ao final das catorze rodadas, os dois clubes de melhor índice técnico avançarão para a fase final. 

A final será realizada em duas partidas, com a vantagem do mando de campo da equipe de melhor índice técnico da fase classificatória. Havendo empate entre as duas agremiações, o campeão será conhecido através de cobranças de penalidades.

De acordo com o regulamento específico da competição, cada equipe poderá inscrever o total de 40 atletas, sendo o dia 15 de fevereiro de 2020 o prazo final para publicação no BID. Os cartões amarelos não serão zerados em nenhuma das fases.

O regulamento prevê ainda que os dois últimos classificados no Campeonato Piauiense de 2020 serão rebaixados para a 2ª Divisão de 2021, havendo o acesso dos dois clubes primeiros colocados da Segunda Divisão de 2020 para a Primeira Divisão de 2021.

O campeão piauiense de 2020 ganhará uma das vagas da Copa do Brasil 2021, uma vaga para a Copa do Nordeste 2021 e uma vaga para a Série D 2021. Ao vice-campeão piauiense de 2020 será ofertada a segunda vaga para participação na Copa do Brasil 2021 e a segunda vaga para a Série D 2021.

O representante piauiense para a segunda vaga da Copa do Nordeste será ofertada ao clube de melhor índice técnico, de acordo com o último Ranking Nacional aferido pela Confederação Brasileira de Futebol – CBF.

Fonte:
redação@cidadeverdecom
cidadeverdeco.com

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Retratos do nosso futebol

Ferroviário Atlético Clube


Time do Ferroviário dos anos cinquenta. Época em que o doutor Nazareno Araújo era o dirigente responsável e comandava o grande apogeu da equipe.

Da foto, da esquerda para a direita, em pé, temos Cajazeira (aposentado do BNB, morando em Teresina e antigo funcionário da Casa Inglesa), Fortaleza, Sinésio (que veio de Campina Grande), Raimundo Fumaça (de Campo Maior), Pepedro e Mc Donald.

Agachados, o famoso Popó (de Teresina), o goleiro Dodó, Pelado, Augusto, Zezeca (aposentado do BB) e Walter Moleza, posando no estádio José Meireles no final dos anos cinquenta.

Quanto ao garoto propaganda, trata-se do advogado Jusmar Leitão, já falecido.

Estádio Lindolfo Monteiro poderá receber melhoramentos


Foto Estádio Lindolfo Monteiro 
  Everardo Torres
Fonte: cidadeverde.com
A cada ano o Estádio Lindolfo Monteiro fica mais importante para o futebol piauiense. Além das competições entre profissionais, o velho "próprio da municipalidade" é o local preferido para torneios e campeonatos entre amadores. 
Cresce o número de atividades no setor, notadamente quando a Federação realiza eventos nas categorias sub-11, sub-13, sub-15, sub-19 e mais o futebol feminino. E ainda temos o vasto calendário da SEMEL. Há necessidade, então, de uma atenção especial com o Lindolfo Monteiro.
Na terça-feira (12) o Secretário Municipal de Esportes, Miguel Rosal, esteve reunido com duas arquitetas, às quais foi confiada a elaboração de um projeto para melhorar o estádio em vários aspectos, com destaque para:
- Ampliação da capacidade com o aproveitamento de áreas ociosas nos lados das ruas Jônatas Batista e Clodoaldo Freitas.

- Construção de novos vestiários, sendo 4 para os jogadores e jogadoras e 1 para a arbitragem.

- Construção de bancos para jogadores e técnicos nas laterais do campo.
- Implantação de novo serviço de som e um placar eletrônico.

- Serviços gerais na parte externa.

- Melhores condições de trabalho para a imprensa e criação de um espaço para tribuna de honra.

- Reforço no sistema de iluminação.

- Organização nas áreas destinadas a estacionamento.

- Melhoramentos nos banheiros.

- Construção da nova sede da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer-SEMEL.

- Aproveitamento das áreas onde foram iniciadas duas quadras cobertas e nunca concluídas.
O titular da SEMEL declarou ao portal Cidadeverde.com que o Prefeito Firmino Filho quer os serviços sejem executados com a brevidade possível, a fim de que o Estádio Lindolfo Monteiro aumente a sua importância para o futebol piauiense.
Fortaleza tem o Estádio Castelão para os grandes jogos e o Presidente Vargas(da Prefeitura) foi completamente reformado, estando pronto para qualquer competição até mesmo entre os profissionais. 
São Luís é outro bom exemplo: o Estádio João Castelo é palco dos jogos com maior possibilidade de público e o Nhosinho Santos (da Prefeitura de São Luís) é a segunda opção.
É esta uma boa notícia para os esportistas.
Dídimo de Castro
didimodecastro@cidadeverde.com

Histórias do nosso futebol

Reno de Zé Amâncio

Reno de Zé Amâncio 1970
RENO Futebol Clube em destaque no ano de 1979, quando José Amâncio comandava a rapaziada em vários torneios do futebol amador de Floriano, ganhando várias taças.

Normalmente, essas competições disputadas pelo Reno e os outros clubes tinham como praça esportiva o nosso tradicional estádio Mário Bezerra, levando sempre ao delírio o público presente e os torcedores mais acirrados.

Esse jogo disputado entre Reno e Grêmio teve um resultado difícil de 1 tento a 1, quando as duas equipres usavam usas melhores formações. Calistinha e Galdino, pelo Grênio, e José Amâncio eram os dois melhores técnicos à época, proporcionando ao torcedor uma atenção significativa junto ao desporto local.

O time de Zé Amâncio, o Reno, entrou em campo com Padeco no gol, Nazareno, Manoelzinho, Afonso Padeiro, Raimundo de Lourenço, Teodoro, Bigode; Baixim de São João dos Patos, , Tuta, Zé Baixim, Soleta,. Zeca Zinidô, Guilherme Junior, Nego Cícero, Zé Anisio (Genro de Chicão de Tonhão) e Joaozinho,.

Esse acervo fotográfico, o nosso amigo Nego Cícero guarda essa foto como um grande troféu.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

MEMÓRIA DO FUTEBOL

TRIBUTO AO CRAQUE VICENTINHO
Elmar Carvalho
Ontem à tarde, pelo whatsapp da Fátima, recebi do professor Zé Francisco Marques a infausta notícia de que o craque Vicentinho havia falecido. Ainda me recuperando de uma pequena cirurgia, mais tarde, no blogue Super Campo Maior, da jornalista Luselene Macedo, colho as seguintes informações:
“Vicente Chagas do Nascimento, faleceu na manhã desta quarta-feira (07/08), em Teresina, no hospital, onde estava internado há mais de um mês, em consequência de uma pneumonia e há 15 dias ele sofrera um Acidente Vascular Cerebral AVC, que o levou a óbito.

Vicentinho tinha 76 anos de idade. Ele nasceu a 15 de janeiro de 1944, em Fortaleza, Ceará. Foi casado com Luzia de Melo, de quem era divorciado e com quem teve três filhos: João Henrique de Melo Nascimento (Professor de educação física no Colégio Patronato N. Senhora de Lourdes), casado; Sheila Maria de Melo Nascimento, casada, e Suderlan de Melo Nascimento (in memoriam). Deixou 6 netos.
(...)
Vicentinho não perdia um jogo no Deusdete de Melo. Fosse Caiçara ou Comercial, lá estava ele nas arquibancadas, misturado com os torcedores caiçarinos; mas, sempre atento aos lances dos atletas dos dois times do seu coração.”
Nas décadas de 60 e 70 do século passado, foi craque do Caiçara e do Comercial. Creio que receberá homenagem desses dois times do futebol campomaiorense.
De um artigo de Carlos Said, que amanhã republicarei na íntegra em meu blogue, retiro a seguinte informação: “Em dois anos: 1966-1967, o Ferroviário da “Princesa do Sul” apresentou ao público o famoso Vicentinho, cantado e decantado nos livros de Janclerques Marinho de Melo: “Crônicas Flutuantes (Lendas e Ruas)”. Na estampa da página 54, Janclerques escreveu: “Em todos os jogos do “Ferrim”, os jogadores Lino, Sadica e Vicentinho, davam “show” de bola. Mas o maestro da equipe era mesmo o Vicentinho”.”
                Outro dia, fiz um périplo, em companhia de meu irmão Antônio José e do professor José Francisco Marques, pelos arredores de Campo Maior. Pelos arrabaldes, como se dizia outrora. Fui em busca das recordações de minha adolescência tão emotiva e tão sentimental. Mergulhei onde fora o balneário da Primavera. Recordei as belas moças em flor de então, que ressurgiram em minha frente, no apogeu de sua beleza adolescente, como ninfas encantadas, que tanto me deslumbraram nos meus tempos juvenis.

Talvez não mais as deseje rever, para que permaneça indelével, em minha saudade e em minha memória, toda a beleza da graça feminina, que o tempo inexoravelmente deve ter transformado. Certamente, essa beleza continua em suas filhas e netas, transmitida pelo bastão de revezamento da sucessividade das gerações. Esquecido balneário da Primavera, onde tantas belezas floriram, onde tantas graças do adolescer desabrocharam para o encantamento de minha já distante juventude. Como diria o poeta, a saudade jorrou-me em ondas... Resistir, quem há-de?
                De lá, de volta para a casa de meus pais, vi o velho Estádio Deusdete Melo, onde atuei como goleiro, em escassas ocasiões, e de cujas arquibancadas vi os voos magníficos dos inexcedíveis goleiros (e meus mestres) Coló e Beroso, que pareciam desafiar a lei da gravidade, em sua elasticidade felina, em suas “pontes” ornamentais, que classificaria hoje como pontes estaiadas, belas, monumentais e precisas em sua eficácia. Naquela velha praça esportiva, os grandes craques do passado executaram suas bem urdidas jogadas, e perpetraram gols que arrancaram aplausos e urros da torcida em delírio.
                Resolvi tomar umas talagadas de calibrina em um barzinho das imediações, que era circunstancialmente frequentado pelo meu saudoso cunhado e amigo Zé Henrique, como uma homenagem saudosista a ele, em cuja companhia, várias vezes, fiz esses périplos suburbanos, evocativos de um tempo que jamais voltará, mas que insiste em se manter vivo, como um imortal vampiro do bem.
                Do boteco, eu via o entorno da barragem. As grandes, belas e sempre verdes árvores do horto florestal. Vi a brancura distante da vetusta igreja do Rosário, a contrastar em suas linhas retas, severas, com as curvas arredondadas, circulares da caixa d’água, também de um branco imaculado, ao menos da distância em que eu a via.
                De repente, provindo de umas pessoas que haviam chegado a uma grande sombra defronte, proporcionada por uma frondosa e avantajada árvore, vieram lindas melodias, de minha predileção. Logo soube que quem as escutava, da sombra esverdeada, era o imortal craque Vicentinho, autor de refinados dribles, executados em desconcertantes malabarismos de um atleta que era um virtuose em sua arte futebolística. Sabia de sua doença. Sabia que, hoje, ele mal consegue caminhar, com ajuda de acompanhante, ele que fora tão ágil e tão veloz.
Ele que fora, em sua destreza certeira e implacável, um dos mais exímios cobradores de falta, sobretudo pênalti, um verdadeiro algoz e fuzilador de goleiros. Fui cumprimentá-lo e lhe render minhas homenagens, eu que no meu livro O Pé e a Bola cometi uma imperdoável, conquanto involuntária, injustiça para com esse magnífico craque, ao omitir o seu nome. Certamente, que a injustiça já se encontra sanada, para o caso de uma segunda edição, pois inseri o seu nome no texto, em letras capitulares e de ouro, através do destaque que lhe dei e que ele bem merece.
                Quando precisou levantar-se da cadeira, vi, da distância em que me encontrava, uma bela e jovem mulher, não sei se filha ou neta, pegar-lhe a mão, e delicadamente ajudá-lo a erguer-se. O velho craque levantou-se com dificuldade, girou lentamente o corpo, moveu os pés que não mais lhe querem obedecer, e ensaiou um passo com muito esforço. Mas, em meu pensamento, nada disso acontecia.
Para mim, o velho craque Vicentinho dançava, lépido, fagueiro e elegante, uma saltitante e linda valsa, ou executava o “paso doble” de rocambolesca e dificultosa dança espanhola, com uma linda moça que lhe conduzia e era por ele conduzido, em perfeita integração, como tabela de grandes craques, ou então perpetrava uma inigualável, perfeita, destra e desconcertante jogada, verdadeiro balé, que arrancava delirantes e ensurdecedores aplausos da torcida.
                Inevitavelmente, pareceu-me ouvir, vindo da vitrola de um outro tempo, das ranhuras de um antigo disco de vinil, arrancado das areias de esquecidas ampulhetas, a música Balada nº 7, de Moacyr Franco, que fala de um velho craque, num estádio vazio, na ilusão inglória de uma torcida imaginária, a recordar as suas belas jogadas do passado, aplaudidas em frenesi por fanáticos torcedores, como um tributo a um deus da bola e das arquibancadas.
                Em silêncio, sem um gesto sequer, aplaudi, em meu coração e em minha lembrança, o exímio craque Vicentinho, cujas jogadas ainda são repetidas no vídeo tape da memória e da saudade dos torcedores, e pelos craques que aprenderam as magistrais lições do velho Mestre.