domingo, 27 de junho de 2021

Retratos do futebol florianense

 BOSQUE FUTEBOL CLUBE

 Na década de 1970, o nosso futebol ainda dava sinais de romantismo e dedicação, sem a interferência externa de vícios ou grana. A intenção era nada mais nada menos do que amizade, fortalecimento das atividades sócio recreativas e incentivo à uma realidade de motivação e crescimento espiritual e esportivo.

Dentro desse contexto, vários seguimentos, entusiastas, líderes e motivadores criavam e expressavam suas atividades dentro daquilo que sabia fazer,fazendo uma movimentação ideológica e inspirativa para a sociedade local.

O time do Bosque (foto acima) foi uma das expressões dos anos de 1970, quando em vários bairros de nossa cidade se praticava esporte. Havia vários torneios, campeonatos e amistosos nos quatro cantos da cidade, onde a curriola, incautos e torcedores ajuntavam-se para torcer pelos seus craques.

Podemos relacionar o pessoal acima, segundo mais uma pesquisa do nosso amigo Cesar de Antonnio Sobrinho, observamos em pé os piolhos de bola Nazareno (enfermeiro Tibério Nunes), Domingos, Elias do Bosque,  Didi Futuca, Barro Duro,  Romildo da Mustang e Hélio Futuca.

Agachados, observamos o Zezinho Camelô, Gilberto do Couro, Giba, Georgino de Sadica, João de Filó e Expeditinho da Telepisa.

Era um tempo bom, sem vícios sociais, onde todos formavam uma corrente do bem. Hoje, seis horas da tarde já está todo mundo em suas casas com as portas fechadas com medo desse novo tempo cheio de vícios de consumo que não agregam mais ao nosso cotidiano, o que é lamentável.

Retratos do Futebol florianense

 

Gonzaga no Tiberão

GONZAGA PRETO – O ETERNO ARTILHEIRO!


Atualmente treinando os garotos da Escolinha Brasiliense, o pique ainda é mesmo, continua com a mesma motivação e dedicado quando assume compromissos!

- Gonzaga, quais os times que você jogou no futebol de Floriano?

- Se for contar tudo desde o começo, haja tempo; mas foram os seguintes: América de Antonio Martins; Botafogo de Gusto (que tinha como o maior torcedor o seu Antonio Sobrinho; e, certa vez, o juiz estava demorando pra encerrar o jogo e já estava ficando escuro; de repente, ele pegou e carregou a bola do jogo, nunca esqueci o lance!); Reno de Zé Amâncio; Ferroviário do Francisco Antonio Bezerra, mais conhecido por “Bezerra”; Palmeiras (com Antonio Guarda, Bagana e João Rato), time do finado Basué; e, por último, o nosso Grêmio!

- Você participa do Grêmio Esportivo Florianense desde quando?

- Desde a sua fundação do Grêmio, e o lance foi interessante, veja: juntou os piolhos de bola Gonzaga (eu), Chapéu e Geremias, e como eu era amigo de Calistinha, idealizamos em formar um time e nos dirigimos ao Hospital Miguel Couto (hoje a Diocese Oeiras-Floriano) para convidar o Dr. Calisto Lobo Matos, para ser o Diretor Presidente da agremiação. Chegando lá, Dr. Calisto estava na sala de cirurgia, e aí só nos restou ficar esperando! De repente, eis que surge o nosso alvo, Dr. Calisto. Após cumprimentá-lo, perguntamos se ele poderia nos ceder alguns minutos do seu precioso tempo! E prontamente ficou livre para bater aquele bolão, só toque de bola! Os três ficaram só cercando, sem fazer falta: “Dr. Calisto, temos aqui um elenco e com ele poderíamos formar um grande time de futebol e disputar todos e qualquer campeonato de igual para igual.” Aí veio a primeira falta: “Gostaríamos de convidá-lo para ser Presidente do time, que terá o nome de Grêmio Esportivo Florianense.” Dr. Calisto não fez objeção, escapou da falta: “Garotos, estou à disposição, o que está faltando para formar este timaço?” Era exatamente a pergunta que o trio gremista estava esperando! Entraram de carrinho, Geremias na frente, claro, sua especialidade! Gonzaga e Chapéu, pedindo calma: “estamos precisando de um jogo de camisas.” Imediatamente, Dr. Calisto pegou seu bloco de consulta e mandou no ângulo, Joaquim nem viu onde entrou: “vão lá no Mohamed Wassen Abou Arabi (nome completo de Ibraim, informou orgulhosamente sua filha Leila), e pegue uma equipe completa, aqui está a autorização.” Rapaz, pense numa turma feliz, parecia pinto comendo milho! Com isso facilitou a formação da diretoria, que tinha como membros: Rego (trabalhava na Pernambucana), Milton Costa Sá (trabalhava no Vende Bem, hoje mora em Guadalupe), praticamente o Grêmio ficou como o time mais organizado, inclusive com reuniões que eram realizadas frequentemente na casa de Dr. Calisto, time bem planejado, todos sabiam a sua tarefa. De lá pra cá só deu alegria, fui campeão 11 vezes pelo Grêmio. A maioria das conquista do Grêmio, fui artilheiro (disputa ferrenha com Zé Bruno, na artilharia!), lembrou Gonzaga Preto. Os campeonatos de Floriano aconteciam normalmente, mas com o intuito de motivar e atrair o torcedor, a Liga convidou um timaço da CHESF (Guadalupe – que tinha um jogador chamado Ribinha, liso, habilidoso, era infernal!), comandado pelo ex-diretor do Grêmio Milton Costa, e o campeonato pegou fogo, e numa final inesquecível, contra a CHESF, foi o jogo que mais me marcou, fomos campeões, quando ganhamos o jogo - Grêmio 3 X 1 CHESF, naquele jogo eu estava inspirado e comandava o espetáculo (o jovem Walberto não tinha ainda feito gols), eu disse: ”hoje você vai fazer o seu” e os passes saíram com a maior naturalidade, logo na época em que estava no auge da minha carreira, bem preparado fisicamente e isso facilita para o atleta, a gente sai na frente!

- Gonzaga, cite seus pontos fortes?

- Cabeceava bem, nunca tive medo de zagueiro, tinha arrancada e velocidade, era impressionante, quando partia na frente não conseguiam me alcançar, o chute não era forte, mas colocado, tirando do goleiro, muita categoria, sabia dominar e tinha o reflexo de águia.

- Gonzaga, quem te ensinou essas artimanhas para vencer no futebol, um esporte tão disputado?

- É um dom de Deus, era piolho de bola, treinava no campo do Curral Velho, hoje Colégio Estadual, um campo de areão, desafio constante, onde a gente tem que ter habilidade pra tudo, ou seja, no areão, temos que driblar várias adversidades: os adversários e principalmente o próprio areão, isso é que é escola!

- E no Campo do Artista, qual o time que você jogou?
- Botafogo do Gusto, Mundeiro, Bago, Bento (era o único que segurava Chiquinho), Zeca Zunidor (veloz como um raio), Gonzaga.... fomos campeões naquela época.

- Gonzaga você lembra de algum time adversário e seus atletas?

- Fluminense de Carlos Sá tinha Chiquinho, pense num cabra rápido; Flamengo de Tiberim com Nego Cleber, Pedro Caniço; América de Antonio Martins, joguei também, tinha ainda, Ferré, Lucas, Corró, João, Galo Magro (goleiro)

- Chegou a ser convidado para jogar nos times da Capital?

- Sim, joguei no Piauí Esporte Clube por seis meses ao lado de Sima e Toinho e o treinador era Ronaib.

- E o Grêmio na era Galdino?

- Foi sensacional, o time manteve o mesmo padrão de sempre buscando títulos. O nosso último título, foi em 1995, quando o Galdino teve todos os seus Campeões: Botafogo, Grêmio e Corisabbá.

- E “Seu Chico Urquiza”, fale um pouco!

- Era um baluarte, organizado e gostava que os atletas fossem responsáveis, não gostava de bagunça, um apaixonado pelo futebol, nas folgas levavam o time conhecido por “Time de Chico Urquiza”, íamos pelos interiores e até chegamos a jogar em Graça Aranha-MA, longe! Pense num lugar longe!

- Gonzaga e sobre a Seleção Florianense?

- Fomos campeões do Torneio Intermunicipal, 1982, um timaço, Marquinhos, Mineiro, Pedão, Dias e Zé Ulisses; Edmar, Mocó e Flexa; Neto da Farmácia, Gonzaga Preto e Chaga Velho. Era um torneio disputadíssimo, chegamos 4 vezes na final, pois os times da região norte eram quase imbatível, não pelo futebol, mas eram ajudados de vários formas. Agora, chegou a hora! Essa pergunta, quero é vê o cabra ficar normal, não fica! Tá provado, se emociona! Impressionante! Até hoje diariamente Walberto lê a nossa reportagem, ele contando o seu gol mais bonito, Gonzaga também não é diferente! Vejam que pintura! Daria um belo quadro!

- Gonzaga, qual o seu gol mais bonito?

- Virgem Nossa Santíssima! Foi jogando pela Seleção de Amarante contra o selecionado parnaíbano, um lance espetacular, com estádio tinindo de gente e pense em duas torcidas fanáticas, tanto os amarantinos quanto a de parnaíbanos, recebi um lançamento perfeito (a La Gerson – canhotinha de ouro), tava de costa pro gol, matei no peito e de meia bicicleta (obrigado Leônidas da Silva – o homem borracha!), na veia, que chute bem no ângulo, Suzarte, goleirão, ficou pasmo! Só olhando! Com a cara de bobão!, E dizendo: "como é que pode! Como é que pode!” Eu só vi a gritaria e a rede balançando, foi uma correria inesquecível, rapaz o filme voltou! É o futebol, o que posso fazer? Ninguém tira esse! Ta na memória!

- Os craques atualmente estão difíceis de surgir, analise?

- Falta principalmente humildade, quando um jogador joga uma partida boa, pensa que é já craque, não sabe se valorizar, tem que ter mas responsabilidade, atleta não pode andar em farras. Quando eu jogava, e a pós a partida, recebia alguns elogios sobre a partida eu dizia: obrigado, mas eu quero jogar melhor na próxima, ou seja, as coisas hoje os atletas querem tudo imediato! Após a partida, o jogador, já pensa na resenha e no dinheiro! Faltam também campos para peladeiros, são nesses campos que aparecem os craques!

Biografia de um atleta espetacular! José Luiz GonzagaNasceu 27.04.1951 em Floriano-PI, no bairro Curador. Cônjuge: Meroania da Silva Moreira. Filha: Moyra Christian da Silva Moreira. Pais: Antonio Milindro de Sousa e Maria Evelin Soares. Funcionário da CEPISA, há 27 anos.
 
Fonte: Cesar de Antonio Sobrinho

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Retratos do Futebol de Floriano

Time da Papelaria REX.

Papelaria REX

LOCAL: Campo da TELEPISA

Em pé: Diba,  Zé Ivan, Zé Neto, Riba, César e Beterraba;

Agachados: Fred (com o filho Márcio Simplício), Judson, António de Lú,  Danilo e Padeco.

Em tempo:

Nessa época o futebol de Floriano ainda dava sinais de sobrevivência, onde novos dirigentes como Mocó e Cesar davam de tudo pra alavancar as nossas atividades sócio amadoras. 

No entanto, o tempo foi passando e o custo foi aumentando, o futebol precisava de muito dinheiro e outras prerrogativas e nenhum empresário ou órgãos públicos davam sinais de ajuda,

De forma que ainda temos esperanças de um dia o Cori-Sabbá e o Princesa do Sul voltem com força total patrocinados por algum empresário ou dirigentes.

O sonho continua.

Retratos do futebol florianense

 

Livro do Ferroviário

FERROVIÁRIO DE FLORIANO

Este ano fazem 50 anos, quando da participação do Ferroviário Atlético Clube de Floriano no campeonato piauiense de futebol.

À época, Floriano vivia o seu grande apogeu em vários seguimentos. Os anos de 1960 nos proporcionaram um grande legado no tocante ao desporto.


A matéria do site do Buim vem à tona, exaltando toda a performance do time florianense no campeonato piauiense do ano de 1964.

Recordem, abaixo, como foi a campanha em todos os seus detalhes:

A participação do Ferroviário no Campeonato Piauiense de 1964, foi a primeira de uma equipe da cidade de Floriano numa competição profissional promovida pela Federação Piauiense de Desportos (hoje Federação de Futebol do Piauí). A foto abaixo, embora da época, não é de jogo oficial do citado campeonato.

Na realidade, embora tenha vários atletas que atuaram aquele campeonato, percebe-se que, agachados, os dois últimos atletas são Tassu e Bitonho, que jogaram naquela ocasião, apenas por ser um amistoso, uma vez que pertenciam a River e Piauí. Mas é possível ver, a partir da esquerda, vários atletas daquela campanha do Ferroviário.

A partir da esquerda, vê-se os jogadores Valdivino, Valdemir, Piqui, Pompéia, Zezeca e Pepedro (em pé), Cabeção, Cristóvão, Rômulo, Tassu e Bitonho. A foto está publicada no Poral de Floriano, assinado pelo jornalista e escritor Janclerques Marinho.

1ª Fasse - 1° Turno

1ª rodada

12/07/1964

FERROVIÁRIO 1x2 FLAMENGO

Local: José Meireles (Floriano)

Arbitragem: Antônio Milton Vilanova, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Clóvis Ramos.

Renda: 237.400,00

Gols: Paulinho 42 do 1º tempo; Paulinho 19 e Cristóvão 45 do 2º.

Ferroviário – Bucar; Zezeca, Antônio Ulisses, Teles e Pepedro; Parnaibano e Reginaldo; Cristóvão, Sadica, Valdimir (Paulo II) e Dos Santos.

Flamengo – Chiquinho; Zé Carneiro, Maneca, Vitor e Papagaio; Itamar e Macalé; Maçarico, Matintim, Paulinho e Fernando.

19/07/1964

FERROVIÁRIO 2x2 PIAUÍ

Local: José Meireles (Floriano)

Arbitragem: Antônio Milton Vilanova, auxiliado por Nelson Oliveira e Clóvis Ramos.

Renda: Cr$ 157.800,00

Gols: Sinésio 12 e Sibiata 27 do 1º tempo; Cristóvão 10 e Sanêga 30 do 2º.

Expulsões: Bitonho e Cristóvão.

Ferroviário – Bucar; Popó, Antônio Ulisses, Teles e Pepedro; Parnaibano e Valdemir; Cristóvão, Sadica, Sinésio e Paulo II (Antônio Luiz).

Piauí - Zé Barros (Zé Alberto); Tuíca, Nanô, Manoelzinho (Sibiata) e Chico Dedão; Nonato Leite e Bitonho; Sanêga, Chapéu, Carmino e Zilmar

29/07/1964

AUTO ESPORTE 5x0 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)

Arbitragem: Antônio Milton Vilanova, auxiliado por Osvaldo Viana e Severiano Alves Teixeira.

Renda: Cr$ 116.000,00

Gols: Bicudo 35 do 1º tempo; Capote 15, Capote 20, Zé Augusto 33 e Pestana 35 do 2º.

Auto Esporte – Antônio Luis; Amadeu, Marcos, Delmiro e Quincas; Zé Maria e Zequinha; Pestana, Capote, Zé Augusto e Bicudo.

Ferroviário – Pompéia; Popó; Antônio Ulisses, Teles e Pepedro; Paulo e Valdimir; Reginaldo, Sinésio, Sadica (João Alfredo) e Cristóvão.

02/08/1964

FERROVIÁRIO 2x1 COMERCIAL

Local: José Meireles (Floriano)

Arbitragem: Severiano Alves Teixeira, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Cláudio Ramos.

Renda: Cr$ 124.400,00

Gols: Cristóvão 7 e Antônio Luiz 29 do 1º tempo; Curniça 35 do 2º.

Ferroviário – Pompéia; Popó, Piqui, Teles e Pepedro; Parnaibano e Paulo; Cristóvão, Reginaldo, Antônio Luiz e Valdemar.

Comercial – Beroso; Edson, Smith, Galo e Zé Ivan; Hugo e Quinha; Radiê, Zeca, Valdir e Negrote (Curniça).

09/08/1964

CAIÇARA 2x1 FERROVIÁRIO

Local: Deusdedit de Melo (Campo Maior)

Arbitragem: Valdimir Soares da Silva, auxiliado por Renato Barreto de Moraes e Severiano Alves Teixeira.

Renda: Cr$ 133.400,00

Gols: Raimundinho Fumaça no 1º tempo; Reginaldo e Anduiá no 2º.

Caiçara – Coló; Napoleão, Mormaço (Valter), Cabo Dulce e Prego; Paulo da Banana e Raimundinho Fumaça; Ditoso, João de Deus, Anduiá e Escurinho.

Ferroviário – Pompéia; Popó, Piqui, Teles (Antônio Guarda) e Pepedro; Parnaibano e Paulo; Reginaldo, Cristóvão, Antônio Luiz e Valdimir.

19/08/1964

RIVER 1x1 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)

Arbitragem: Severiano Alves Teixeira, auxiliado por Raimundo Barreto de Moraes e Antônio Palhano.

Renda: Cr$ 192.900,00

Gols: Tassu 28 do 1º tempo; Paulo 42 do 2º.

River – Manoelzinho; Zequinha, Astolfo, Filomeno e Ivanildo; Giri e Vilmar; Tamundó, Carrinho, Tassu e Rudinha.

Ferroviário – Pompéia; Zezeca, Piqui, Antônio Guarda e Pepedro; Parnaibano e Valdimir; Reginaldo, Paulo, Cristóvão e Sadica.

1ª Fase - 2° Turno

06/09/1964

COMERCIAL 2x1 FERROVIÁRIO

Local: Deusdedit de Melo (Campo Maior)

Arbitragem: José da Costa Araújo.

Gols: Reginaldo (Fer), Radiê e João Catita (Com)

Comercial – Beroso; Edson, Smith, Galo e Sapato; Hugo e Quinha; Curniça, João Catita, Radiê e Valdir.

Ferroviário – Pompéia; Zezeca, Piqui, Antônio Guarda e Pepedro; Parnaibano e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Rômulo e Dos Santos.

09/09/1964

FLAMENGO 3x2 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)

Arbitragem: Francisco de Assis Castelo Branco, auxiliado por Antônio Mlton Vilanova e Valdimir Soares da Silva.

Renda: Cr$ 187.200,00

Gols: Mano 20 e Rômulo 35 e 44 do 1º tempo; Mano 5 e 25 do 2º.

Flamengo – Chiquinho; Zé Carneiro, Maneca, Matintim e Papagaio; Temístocles e Macalé; Maçarico, Mano, Paulinho e Salvador.

Ferroviário – Pompéia; Popó, Piqui, Antônio Guarda e Pepedro; Valdivino e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Elder e Rômulo.

16/09/1964

PIAUÍ 1x1 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)

Arbitragem: Antônio Palhano, auxiliado por José da Costa Araújo e Valdimir Soares da Silva.

Renda: Cr$ 63.500,00

Gols: Sanêga 18 e Reginaldo 43 do 2º tempo.

Piauí – Zé Barros; Tuíca, Nanô, Manoelzinho e Chico; Zilmar e Bitonho; Chapéu, Sanêga, Carmino e Vagner.

Ferroviário – Pompéia; Piqui, Sousa, Antônio Guarda e Pepedro; Valdivino e Valdimir; Reginaldo, Paulo, Rômulo e Sadica.

27/09/1964

FERROVIÁRIO 1x4 RIVER

Local: José Meireles (Floriano)

Arbitragem: José da Costa Araújo, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Francisco de tal.

Renda: Cr$ 201.000,00

Gols: Pedroca (cabeça) 23 e (cabeça) 28 do 1º tempo; Pedroca, Carrinho e Reginaldo no 2º.

Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Antônio Guarda e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Claudemir e Rômulo. Técnico: Francisco Bezerra de Souza (Sinhozinho).

River – Caxambu; Gereba, Zé Artur, Filomeno e Zequinha; Giri e Vilmar; Waldeck, Pedroca, Moaci e Carrinho. Técnico: Júlio Marques.

04/10/1964

FERROVIÁRIO 2x1 CAIÇARA

Local: José Meireles (Floriano)

Arbitragem: Renato Barreto de Moraes, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Francisco de tal.

Gols: Rômulo (2) no 1º tempo e Anduiá no 2º.

Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Antônio Guarda e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Claudemir e Rômulo.

Caiçara – Onésio; Napoleão, Mormaço, Cabo Dulce e Prego; Paulo da Banana e Raimundinho Fumaça; Vicentim, Anduiá, Índio e Escurinho.

11/10/1964

FERROVIÁRIO 1x1 AUTO ESPORTE

Local: José Meireles (Floriano)

Arbitragem: Valdimir Soares da Silva

Gols: Bicudo (Auto) e Cristóvão (Ferr)

Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Antônio Guarda e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Claudemir e Rômulo.

Auto Esporte – Petrúcio; Marcos, Amadeu, Deolindo e Quincas; Zé Maria e Wallace; Pestana (Ananias), Caboclo, Soares e Bicudo.

Jogo extra decidindo o rebaixamento

06/11/1964

AUTO ESPORTE 0x2 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)

Arbitragem: José da Costa Araújo

Gols: Cristóvão no 1º tempo e Elder no 2º.

Auto Esporte – Antônio Luiz; Marcos, Amadeu, Deolindo e Quincas; Sabará e Wallace; Pestana, Capote, Ananias e Bicudo.

Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Sousa e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Elder e Rômulo.

RESUMO DA CAMPANHA

13 jogos

3 vitórias

4 empates

6 derrotas

10 pontos ganhos

17 gols marcados

25 gols sofridos

-8 gols de saldo

ARTILHEIROS

5 gols - Cristóvão.

4 gols - Rômulo e Reginaldo.

1 gol - Sinésio, Antônio Luiz, Paulo e Elder 1

JOGADORES UTILIZADOS

13 jogos – Pepedro e Valdimir.

12 jogos - Reginaldo e Cristóvão.

11 jogos - Pompéia (goleiro).

10 jogos - Piqui.

8 jogos - Antônio Guarda.

7 jogos - Rômulo.

6 jogos - Parnaibano e Valdivino.

5 jogos - Paulo, Sádica, Teles e Popó.

4 jogos - Fernando.

3 jogos - Antônio Ulisses, Claudemir, Zezeca e Antônio Luis.

2 jogos - Bucar (goleiro), Sinésio, Elder, Sousa, Dos Santos e Paulo II.

1 jogo - João Alfredo.

 

Fonte: Severino Filho

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Retratos do futebol de Floriano

 

Time do Comércio dos anos de 1950

Retratos do nosso futebol

Time do Comércio da década de 1950

Esse é o time do Comércio Esporte Clube, em 1952, quando disputava uma jornada esportiva aqui na vizinha cidade de São João dos Patos.

O resultado daquele saudoso encontro, não deu outra, o time do Comércio venceu a partida por dois tentos a um.

Segundo o nosso amigo Fenelon Brasileiro, que trabalhava como cooedenador da equipe, à epoca, o Comércio viajou num caminhão, viagem difícil, mas cheia de resenhas e belas aventuras.

Na foto, podemos destacar e equipe da esquerca para a diretira, em pé, o goleiro Quincas, depois o lateral Tarquinho, os zagueiros Balduíno, Daniel Bicudo, Djalma Macedo e o lateral Rolé.

Agachados, o dirigente Feneleon Brasileiro, o ponteiro direito Adalto, os atacantes Colega, Defala Attem, Babaçu e baixinho Nilton Camarço.

O futebol da Princesa do Sul, naquela época, dava show de bola e havia companheirismo, dedicação e vontade sempre de vencer as adversidades que o esporte proporcionava àqueles guerreiros.

domingo, 20 de junho de 2021

Retratos do nosso futebol

 

São Paulo de Carlos Sá 1964

Torneio do Campo dos Artistas


ERAM, ainda, os idos dos saudosos anos sessenta. Como sempre tenho abordado, o Campo do Artista era o palco dos campeonatos amadores de Floriano, o qual tinha como pano de fundo um frondoso cajueiro, onde se agrupavam atletas, cartolas, enfim, todos aqueles que, de certa forma, ajudavam ou atrapalhavam os espetáculos futebolísticos.

Pois bem, chegara, então, o dia do torneio início daquela temporada, torneio esse que preambulava o campeonato de amadores. Campo do Artista - 1964.

Para a realização de tal evento, o Gusto, dono do time do Botafogo, e seu presidente, e também como membro da liga organizadora do campeonato, encomendara ao senhor Raimundo Beirão, renomado carpinteiro da cidade, as traves que seriam postadas no estádio.

Como combinado, tudo foi feito. Confeccionadas as traves, foram estas cuidadosamente fincadas nos extremos do campo, nos seus mínimos detalhes, como exigido nas regras do futebol.

O campo estava uma beleza e o dia maravilhoso para a prática do futebol, dado que até São Pedro mandara uma boa rajada de chuva par sedimentar o areão.

Dada a magnitude do evento, outro não poderia deixar de ser, o árbitro da partida, senão o famoso Vicente Xeba.

Tabela pronta, time equipados, disputariam a primeira partida o Santos de Pulu e o Botafogo de Gusto, sendo que todas as equipes, São Paulo de Carlos Sá, Caiçara, Flamengo de Tiberinho, Bangu do Bosque e outras, já encontravam-se equipadas e aquecidas para os embates.

Tudo bem, não fosse o incidente surgido naquela ocasião, em virtude de o dinheiro arrecadado pelo Gusto não ter sido suficiente para ocorrer como pagamento ao artífice Raimundo Beirão.

Ante esse fato, incontinenti, o seu Beirão, com a ajuda de seu auxiliar de serviços, arrancou as traves e levou-as de volta para a sua oficina, não obstante os apelos e as promessas de todos os que ali se encontravam de que a grana não demoraria.

Sem traves, restou aos cartolas a discussão sobre a realização, ou não, do torneio, muito embora soubessem que esta realização, em última instância, seria decidida pelo grande Xeba.

Assim sendo, dirigiram-se todos até o famoso rifiri, sendo que este, de dedo em riste, bradava:

“num quero nem saber; num quero choro; vai ter jogo; faz as trave de talo de coco; num precisa travessão; num precisa dizer que gol só vale rasteiro...”

Dito isso, apitando bem alto e forte, Vicente Xeba adentrou o campo, numa corrida cadenciada, em marcha a ré, concitando, com as mãos, alternadas, e cadenciadamente, a entrada dos alvinegros ao centro do belo areal.

sábado, 19 de junho de 2021

Retratos do nosso futebol

 

Floriano Futebol Clube de Zé Bruno

 

FLORIANO DE ZÉ BRUNO

Era dono de oficina perto de Chiquinho de Benito, Chico Carimbó, Manoel preto, Neivan é o goleiro, Neguim, Piloto, Café, o de chapéu e o de bigode conheço mas não lembro os nomes, Lauro Cronemberg, Ajuri, Zé Bruno, Chiquinho de Benito, Roupeiro meu amigo, perdão pelo esquecimento, Loiola e outro diretor do Floriano conhecido. ( Em pé)

Adail, Chiquinho Rasteirinha, Dito, Geldo,  Zé Carlos, Carlito do Bruno, Eloneide e Demerval Beterraba. ( Agachados).

Uai massagista , Zezinho  marceneiro, no final. Próx. Ao Lauro  Zé  Maria da caixa e Joaquim grafite

domingo, 6 de junho de 2021

Retratos de Floriano

 

A voz do estudante
 
Acervo: José  Firmino

A foto (acima) de 1965 mostra a redação de "A Voz do Estudante", programa semanal da classe estudantil que divulgava as ações dos Grêmios Humberto de Campos, Hugo Vitor Guimarães, AFES e Clube Juvenil que era o responsável pela elaboração do programa. Cada entidade informava suas atividades referentes à semana para a divulgação.

A redação ficava em uma casa vizinha a casa da Dona Filó Soares.

O programa era apresentado na Rádio Difusora que funcionava no primeiro andar do edifício Sayd Kalume.
Na foto vemos a equipe que elaborava o programa, no sentido horário: Cristovao Augusto, Zé Firmino, Bento Beserra e Djalma Nunes. Esta mesma equipe apresentava o programa na rádio.

Além das notícias estudantis, focalizavamos também um país com sua cultura.

Vizinho à casa da D. Filó Soares, morava o Pe. Djalma Rodrigues que era o orientador e conselheiro da classe estudantil e o organizador da Peregrinação Estudantil realizada anualmente em Floriano.

A Voz do estudante funcionou ainda no ano de 1966 e todos nós fomos estudar fora perdendo o contato com os novos líderes estudantis, não sabendo até quando funcionou o programa.

Restou esta foto para relembrar os bons tempos em Floriano até a primeira metade dos anos 60.

Colaboração: Professor Djalma Nunes
 
Em tempo: 

Depoimento de Bento Bezerra:
 
Janclerques,

Obrigado, mas acho  que a foto foi feita pelo Leuter Epaminondas e faz parte do arquivo do meu amigo José Firmino Nogueira Neto que está na foto e reside no Rio de Janeiro. 

O ambiente era a redaçao da voz do estudante que nessa época funcionava na casa de uma tia de Cristovao Augusto na rua marechal Pires Ferreira. 

Um abraço.

sábado, 5 de junho de 2021

Retratos do Nosso Futebol

Foto: Severino Filho (o BUIM)

 O futebol de Floriano e de outras cidades, como Picos, Oeiras, Guadalupe nos anos de 1960 prosperava o amadorismo e despertava o interesse de apaixonados empresários e políticos a região ao ponto de se consagrarem na sociedade de suas cidades.

Seu Milton das Casas das Roupas, o antigo vereador Desdete Macrrão (entusiasta), Merval Lúcio, Nelson Oliveira, Nazareno Araújo, Luiz Meireles e tantos outros trabalhavam em torno do desenvolvimento do nosso futebol com o Ferroviário de Floriano, que chegou a disputar o campeonato piauiense nos anos de 1964, 1965 e 1966 fazendo boas campanhas.

Pompéia, SADICA, Rômulo, Zequinha, Vicentinho, Valdivino, Lino, Veludo, Didi, Sóstenes, Fortaleza, Popó, João Maiô, Cristovão, Zezeca, Jeremias e tantos outros aos domingos brilhavam no estáddio José Meireles.

Na foto acima, do acervo do nosso amigo Severino Filho, observamos à direita, agachado, o nosso craque Sadica, quando passou pelo River no ano de 1958, sagrando-se campeão naquela temporada. Sadica ainda atuou em Parnaiba, espetacularmente.

Hoje estamos sem calendário, mas ainda há por ai algumas promessas de novos dirigentes querendo soerguer o nosso futebol. Oxalá isso aconteça e o nosso esporte bretão possa voltar a brilhar novamente.


terça-feira, 1 de junho de 2021

Faleceu Abdoral Alves do Nascimento

 

Abdoral
 

Faleceu recentemente o nosso grande professor de Educação Física Abdoral Alves do Nascimento. Trabalhou no Estadual, Normal e em diversos colégios e grupos escolares de Floriano ensinando a sua arte no campo e nas atitudes do dia a dia, onde aprendíamos bastante com as aulas.

Time do Palmeiras

Segundo Teodoro Sobral, lembra perfeitamente, dele! Um adepto fervoroso do futebol. Centroavante raçudo e vigoroso. Um verdadeiro touro. Não fugia das divididas. O seu pai chamava-se Gaudêncio (?). Lamento a morte do professor Abdoral, ele foi professor de Educação Fisica de toda nossa geracão que estudou no Estadual na decada de 60. 

Como tinha sido militar na Vereda grande, tinha o jeitão de austero e os meninos da faixa de 12anos, tinham um certo medo dele. Mas, uma vez o peitei: minha mãe foi me deixar de carro lá no Campo do Artistico, aí a turma não saiu do meio da rua, deixando-a nervosa . Aí  Abdoral como punição botou todos para pagarem varias flexões. Aí eu disse: eu não farei, pois eu estava dentro do carro. Minha mãe. Vocêvai fazer também. Nao vou. Ele então me suspendeu da aula. Meu pai depois foi falar com ele e se entenderam. E eu gostava dele, foi só uma atitude de todo poderoso e por mim não colou, concluí Teodoro.

HOMENAGEM DO PORTAL

ABDORAL - GARIMPEIRO DE CRAQUES!


Apaixonado por filmes de BANG BANG e FUTEBOL, o famoso professor de educação física, Abdoral Alves do nascimento, era duro na disciplina para com os seus mucurebas. Tinha que participar, mostrar serviço. Não tinha moleza, não. No Colégio Estadual e Escola Normal educou muitos atletas, que hoje venceram na vida.
 
No futebol, o professor tinha o seu time particular e se auto-escalava, antes de comerçar a partida:
 
- O time vai jogar cumigo...
 
Por outro lado, quando ia entregar as camisas do time, já pré-escalado, ele começava pelo número 9. Esta história, todo peladeiro de Floriano, região e parte do Brasil, já conhece, mas hoje foi tirada a dúvida:

- Professor Abdoral, é verdade ou é um mito, que você entregava as camisas começando pelo o número 9? Quem era esse craque?

Em cima da bucha, a resposta surgiu em forma de um relâmpago!

- O craque era eu, preste atenção, se eu formava o time, organizava, investia, porque começar pelo nº 1 não tinha cabimento, mas é claro que é invenção de peladeiro, que eu começava pelo nº 9, mas como é difícil mudar esta história, deixa do jeito que tá que é melhor!

Professor Abdoral sempre fora um garimpeiro de craques e tinha uma visão impressionante, um incentivador do esporte, cidadão de primeira qualidade. 
 
Atualmente, morando no povoado “Tamboril”, São José do Peixe, trabalhou por 8 anos no Estadual e 9 no Lindolfo, sempre ligado na área do esporte. Abdoral Alves do Nascimento, nasceu no povoado “Xixazeiro”, próximo a São José do Peixe, em 24 de agosto de 1942, 64 anos, casado com Dona Francisca Ferreira do Nascimento. 
 
Fato pitoresco! Abdoral colocou o nome dos(as) filhos(as) um pouco diferente! Vejam só, que personalidade:

- Jonh Douglas;
- James Douglas;
- Jim Douglas;
- Mary Stuart;
- Johnson Douglas;
- Jane Stuart; mas a caçula escapou:

- Patrícia Alves do Nascimento (uma verdadeira estranha no ninho!). 
 
Na foto acima, do Palmeiras de Bucar, Abdoral é o último à direita em pé, quando jogavam em Picos em 1965 em jogo tumultuado, acirrado e cheio de alternativas.
 
Coisas que acontecem em Floriano, Piauí, Terra!

Fonte: César de Antonio Sobrinho.