11/14/24

Sinésio do Ferroviario de Floriano


Entre o amor e o desgosto, SINESIO lembra sua passagem pelo futebol

O Diabo Loiro foi um dos grandes nomes do futebol amador de Petrolina-PE. Desgostoso com o esporte, o ex-jogador diz que não vai ao estádio há 30 anos.

Fonte: /Petrolina-PE

Em 1958 a Seleção foi até a Suécia e mostrou ao mundo o verdadeiro futebol brasileiro. Dentro do time dirigido por Vicente Feola, o menino Pelé começava a trilhar seu caminho real. No mesmo ano, mas sem o mesmo glamour, na cidade de Petrolina, no sertão pernambucano, um menino de cabelo amarelo, cheio de habilidade, iniciava sua carreira no esporte mais popular do mundo. Sinésio Valeriano Silva defendeu as camisas do Caiano, América e outros times da cidade, além de ter defendido uma equipe profissional do Piauí. Como muitos que jogaram na sua época, não ganhou dinheiro com o esporte. Hoje, aos 71 anos, deixa escancarada as mágoas que guarda do futebol.

– Do futebol eu nunca arrumei nada. Naquela época a gente recebia objeto. Jogava por uma bicicleta, uma geladeira. No Caiano não, lá eu tinha meu salário, porque tinha um emprego – lembra Sinésio, com certa melancolia.

A tristeza com o esporte fez com que Sinésio deletasse da memória os vários gols que marcou. Porém, olhando para a parede de sua casa, é possível ver algumas fotografias da época em que brilhava nos campos petrolinenses. O nome dos antigos companheiros saem com enorme facilidade.

– Eu não lembro dos gols que eu fiz, nem dos títulos. Tem aquele ali (apontado para a fotografia na parede de casa), foi o tricampeonato do América, mas eu já estava jogando em Teresina, mas vim botar a faixa porque eu tinha sido campeão. O que eu lembro é aquele ali, uma época boa, que tinha Rubenílson, Carlos Henrique, Elmo, Bosco, era um timaço.

A cor dos cabelos deu a Sinésio o apelido pelo qual é conhecido até hoje. O batismo foi feito por um antigo narrador esportivo de Petrolina.

– Quem botou o apelido de Diabo Loiro foi Foguinho. Ainda hoje a maioria dos conhecidos meu me chamam desse jeito– diz Sinésio.

Dentro de campo, o Diabo Loiro infernizava as defesas, mas não tinha posição definida nas quatro linhas.

– Naquela época não existia o 4-2-4, mas a gente já fazia o 4-3-3. Eu estava na defesa, jogava como ponteiro esquerdo, como centroavante e voltava. Todo mundo jogava, não é que nem hoje. Está vendo a Seleção como está? Naquele tempo tinha futebol.

Sinésio jogou bola até 1975. O Diabo Loiro ainda teve algumas passagens como treinador, mas a experiência só serviu para aumentar as mágoas que carrega do esporte.

– Teve uma época que eu treinava o América, era final. No dia do jogo, era a última partida, Palmeiras e América, aí nós estávamos quase na hora do jogo, já nos preparando para ir para o campo, quando o presidente do América trouxe Geraldo Olinda para treinar o time. Aquilo para mim foi mesmo que dar uma facada no meu peito. Eu estava treinando o time e na última hora de botar o time em campo o cara chega com outro treinador – lembra Sinésio.

Bastante chateado, Sinésio nem assistiu ao jogo. Saiu do estádio e ficou pela rua. No final da partida, sabendo do resultado, ele lavou a alma.

– Eu não vim nem em casa. Fiquei desgostoso pela rua. Eu disse que iam perder o jogo. O Palmeiras ganhou de 1 a 0. Essas coisas assim que aconteceram eu nem gosto de falar.

Desde quando largou o futebol, Sinésio garante que não pisou mais no estádio de Petrolina. Em 30 anos, a exceção só foi quebrada em uma única vez, dada a insistência de amigos e vizinhos. Na ocasião, o ex-jogador foi ver o filho atuar pela Seleção de Petrolina.

Parte das lembranças que Sinésio guarda do futebol estão na parede de casa (Foto: Emerson Rocha).

 – Para não dizer que eu nunca vi meu filho jogando, teve um jogo da Seleção de Petrolina contra o Sport Recife, que os caras pelejaram para eu ir. Terminei indo, parece que foi 1 a 1 o jogo. Não aguentei ficar até o final, no segundo tempo fui embora. Perdi o gosto – afirma o Diabo Loiro.

Sinésio conta que só acompanha o futebol pela TV. Em relação a atual situação do esporte petrolinense, o ex-jogador do Caiano não vê com bons olhos.

– O futebol de Petrolina não tem um patrocínio, não tem nada, manda buscar jogador fora. Você vê Salgueiro, que a vista de Petrolina é uma cidade pequena, mas com um futebol que representa bem.

Mesmo com o desgosto que tomou pelo futebol de Petrolina, Sinésio deve ser lembrado por tudo que fez dentro de campo. O Diabo Loiro fez gols, ganhou títulos, fez amigos, sofreu nas mãos de dirigentes. Parte desse passado, que ele as vezes prefere não contar, hoje está na parede de sua casa, em cinco ou seis fotografias.

– Eu não tinha nenhuma lembrança, me desgostei. Mas, agora que cheguei na idade, resolvi botar esses retratos, para quando eu morrer, os bisnetos saberem – conclui o Diabo Loiro.

Fonte: globo esporte.com

11/13/24

Gusto dono do Botafogo

Gusto com a esposa Ceiça

Fonte: Cesar de Antonio Sobrinho

Agostinho da Silva Melo Filho nasceu em Floriano, na rua sete de setembro, em 07 de abril de 1951 e veio a falecer em Marabá, muito moço ainda, com apenas 25 anos.

Tinha dois apelidos - GUSTO DO BOTAFOGO OU CABEÇÃO para os “piolhos de bola”, e MELO ( nome de guerra, foi militar ) para os familiares; seu irmão Raimundo Fabrício da Costa e Silva Melo, apelido - FABRÍCIO DO BANGU, 3º e 4º filhos, respectivamente de Seu Agostinho da Silva Melo, 84 anos e há mais de 30 com falência visual e de Dona Algenira da Costa e Silva ( in memorian ).

Outros(as) irmãos (ãs), Antonio Melo, Mary, Humberto, Marylane, Orlando e Maryluce.

Melo ( Gusto ) era casado com Dona Conceição, “Ceiça”, tem um casal de filhos: Chimel, sua filha, hoje mora com a mãe em Brasília e seu filho Melchi, que mora em Recife.

Gusto quando criança já liderava a sua turma, atuante, com 12 anos participou do Grupo de Escoteiros “Melvin Jones”, ao lado de amigos como Haroldo Castro, Vicente Roque e outros, daí foi um pulo para formar uma equipe de futebol: BOTOFOGO DE GUSTO, conseguia reunir atletas de nível técnico invejável, era um desportista de primeira qualidade.

Tinha outra outra paixão, o Botafogo carioca, uma coisa que chamava atenção era a rivalidade existente com os times: Bangu de Fabrício (irmão), o Flamengo de Tiberim, O Brasil de Cizé e o Santos de Luis Paraíba ( Pulu ).

11/12/24

Seleção de Nova Iorque Maranhão 1978

 

Melhor time de futebol da cidade de Nova Iorque - MA , de todos os tempos e região, nossa cidade Turística, terra do sol , água e ar, fica localizada no leste maranhense, 500 Km da capital São Luis, banhada pelo Rio Parnaíba, ladeada pela Região Sul do Estado do Piauí, sempre vivemos como uma grande família. 

Conheça Nova Iorque - MA, terra querida, pacata,  mãezona,  de gente maravilhosa, simples, acolhedora,   natureza linda em harmonia, desfrutar da praia do cajú, comer peixa assado com uma ceva gelada, beber sucos da região, violência ZERO.     

Nova Iorque - MA, recebeu status de Vila pela Lei Provincial nº. 1382 de 11 de maio de 1886 com território desmembrada de Pastos Bons e foi elevado à cidade em 1919, a velha cidade foi inundada pela Hidroelétrica de Guadalupe - PI.  

Em Pé: da esquerda para direita, Bento Rego (filho da senhora  Acy Rêgo), Ganjão (vulgo Nego Janga) Abmael (Vulgo Baé - in-memórian), Pedro do Zequinha, Pedro do Duca, e Geraldo Rocha.

Agachados da esquerda para a direita, Carlos Henrique Assunção (vulgo Nei), Ivaldo Torres e Silva (vulgo Brecha), Antônio Carlos Arara (vulgo Puruca Miranda), Luis Eduardo Neiva Rego (vulgo Lula) e Pedro da Delina (vulgo Zé-Abóbora)

Recordar é viver !!!!

Fonte: Carlos Henrique de Assunção Ferreira

11/08/24

GRÊMIO de Galdino 1975

 

GRÊMIO DE GALDINO DE 1975

 FONTE:  NOSSO AMIGO DIDI FUTUCA. 

EM PÉ O EDMILSON CARVALHO (MARIDO DA GUIA BOLA), CARECA, GILETE, ALMEIDA, PEDRÃO, CHICO CARIMBÓ, EDIMAR, GILSON DUARTE, ZÉ ULISSES, JOAQUIM JOSÉ E SEU GALDINO OLIVEIRA. 

AGACHADOS O CABRAL, LULÚ DE OSMAN, ZÉ VILMAR (ZÉ LIGEIRO), CORRÓ, DEDÉ, FLEXA E ALMA. 

O MASCOTE É ZÉ NETO GADELHA.

MAS O FATO CURIOSO, É QUE A SELEÇÃO DE FLORIANO JOGOU UM AMISTOSO COM O TIME DO RIVER DE TERESINA, COM DUILIO E COMPANHIA E A NOSSA SELEÇÃO VENCEU POR UM A ZERO COM GOL DO PONTEIRO ESQUERO ALMA (foto).

O GOLEIRO DUILIO DO RIVER  DISSE QUE NÃO VIU A BOLA PASSAR POR  CONTA DE UM ATACANTE CHAMADO ALMA (KKK).

Chico Kanguri e suas histórias

  É DO SEU ZÉ LEONIAS - CHAPÉU "SAVIOUR"!


CHICOLÉ de Floriano ( grande craque e piolho de bola, o ponteiro esquerdo da foto quando jogou no Palmeiras de Bucar ) era quem dizia prá gente - “Vocês sabem muito bem como fui criado, o meu pai foi muito rígido na criação dos filhos; lá em casa, tinha dia, que quando ele estava zangado, o único amigo que entrava lá e conseguia sair comigo pra jogar era
ChicoKangury de Jerumenha.

Mamãe gostava muito dele e o seu pai, seu Vicente Kangury era um dos amigos confidencial do meu pai, e o outro era o senhor Antonio Segundo, grande enfermeiro, que ajudava até a operar gente no Hospital. Pois bem, aconteceu de ter um jogo importante em Jerumenha. O papai em casa estava zangado, eu teria que ir escondido e voltar no mesmo dia. O Deoclecinho possuía uma caminhoneta e sempre era o encarregado de ir buscar-me e deixar em Floriano, quando acontecia este impedimento.

Distancia de Jerumenha para Floriano, 10 léguas e meia ( 67 km ). O Jogo naquela época começava às três e meia da tarde, porque era para terminar ainda com a claridade do dia.
A estrada era piçarrada e Deoclecinho gostava de pisar no acelerador, que se a gente olhasse pro lado via as arvores curvadas. Saímos de Floriano depois do almoço, só a mamãe sabia disso. Ao terminar o jogo, o Deoclecinho foi apanhar-me no campo e já chegou com o seu Zé Leonias de carona pra Floriano.

Ao sairmos de Jerumenha, uma senhora grávida, com dores de parto, pediu carona também, mas como a caminhoneta era de cabine simples, educadamente desci e dei o meu lugar para a senhora, mas o seu Zé Leonias disse, com toda a calma do mundo - “não, meu filho, não se preocupe, você está cansado, que eu vou na carroceria, pode deixar”.

Eu ainda ponderei, mas ele não aceitou e subiu na carroceria da caminhoneta. E o nosso amigo Deoclecinho saiu rasgando, só fiz o sinal da cruz e pronto. O que se ouvia era só o gemido da mulher e a preocupação do motorista para que ela não parisse na beira da estrada.

Quando estávamos passando no Papa – Pombo, já próximo de Floriano, o seu Zé Leonias de repente bateu na cabine pedindo parada. O Deoclecinho parou o veículo e perguntou o que foi, ele desceu e, calmamente, disse: "meu filho, o meu chapéu caiu lá atrás e eu vou voltar para procurar, pois é muito familiar, não se preocupe comigo, podem ir embora com a mulher, que chego em Floriano. Ai entramos num acordo, eu ficava com o seu Zé Leonias e Deoclecinho ia levar a mulher no hospital e voltava pra buscar a gente.

Quando ele saiu na camioneta, o seu Leonias disse pra mim: "meu filho, eu tenho amor à minha vida, o chapéu não caiu, não, eu mesmo joguei fora para ele poder parar e eu descer; olhe, meu filho, Deus me livre de andar mais com um homem desses.

Pegamos o chapéu e uma carona em um caminhão e, antes de chegarmos em Floriano, cruzamos com Deoclecinho, que já ia retornando para Jerumenha.

O senhor José Leonias era muito tranqüilo, gente boa, esposo da dona Joana, pai do Tadeu, Neno, Maria José, Budim, Daniel, Mario e muitos outros. Amigo do senhor Vicente Kangury, Antonio Sobrinho, Antonio Segundo, Chico Amorim e do meu pai Lourival Xavier.

Moral da resenha: cheguei em Floriano ainda com o tempo de justificar a demora.

Em tempo:

*    Janclerques,

A foto acima ilustrativa é inesquecível. Esta turma toda aí, estão acima dos 60 anos. Todos Craques, jogaram muita bola e deram alegrias aos torcedores que torrciam pelo Time do Bucar. Êta carcamano, bom e querido, gente boa. Foi um amigão de todos naquela época. Deus Ilumine os caminhos dele, até o dia do Ajuste Final.Chicolé, como sempre, só perdia na potência do Chute para Jamil Zarur e Tassu. Esta Foto merece sempre está em destaque. Valeu, todos são da época áurea dos anos 60. Tempos bons, tempos idos, que não voltam mais, mas é confortante estarmos revivendo. Chico Kangury - Diretamente de Aracaju- Sergipe para o Portal de Floriano.

11/05/24

Casa do Meladão

 

Corriam os anos de 1950. Aqui, a vivenda conhecida como “ Meladão “. Tratava-se de um sítio do senhor Antonio Anísio Ribeiro Gonçalves; e servia para fins de semana e lazer.

O Meladão, como era comumente chamado se transformou num lugar interessante, de reuniões, muita alegria e descontração. Seu Antonio Anísio, anfitrião de mão cheia, recebia regiamente seus amigos e seus ciclos mais chegados. Desde sexta feira à noite até domingo à tarde, nessa casa só se conhecia a palavra festa, churrasco, um bom vinho e o indispensável uísque Cavalo Branco ou o famoso Grant´s – três quinas.

Ali se reuniam, além do anfitrião e família, dona Rosita Borges Gonçalves, o grande político e médico doutor Tibério Barbosa Nunes, Amílcar Sobral, Alderico Guimarães, Chico Borges, Turene Martins, Afonso Fonseca, Zé Fontes, Inácio Carvalho, Antonio Nogueira, Edmundo Gonçalves.

Ali se tratava de política, vida em sociedade, assuntos os mais variados, sempre sob a assistência das esposas dos respectivos cidadãos. Rosita Borges, espirituosa, pontificava e era uma anfitriã impecável.
Enquanto o cheiro do carneiro assado ou a mão de vaca enchiam o ar daquele gostoso perfume de comida bem feita, a meninada – filhos e amigos do casal anfitrião, se deleitavam nas águas do riacho Meladão.
Sabe-se que o nome meladão nasceu tendo em vista a morte de um cavalo num dia cheio do riacho, e o animal era da cor castanho claro que muitos chamam de cavalo melado.

As reuniões do Meladão ficaram indeléveis na memória de Floriano e, hoje, revendo aquele sítio, sentimos grande saudade, ouvimos o chuá, chuá das águas do riacho, e parece, ouvimos o ruído do Land – Roover dirigido por dona Rosita, dobrando a curva fechada da estradinha de terra branca  e macia, e que fazia alvoroçoda a meninada.

Anos mais tarde, Antonio Anísio passou a propriedade para o senhor Edmundo Gonçalves e, hoje, ela pertence ao senhor Carlos Carvalho.
É um retalho muito interessante da vida florianense. Meladão. Suas figueiras enormes, sua velha faveira e uma pontinha de saudade.

Fonte: Flagrantes de uma cidade / Luís Paulo

Auto Esporte de Teresina 1975

 

Esse é o antigo time do Auto Esporte de Teresina, finalista do Campeonato Piauiense do ano de 1975. À época, essa formação era embuída de empatia e vontade de vencer com o entrosamento dos craques daquele tempo.

O ponteiro direito desse time nada mais nada menos era o nosso amigo João José Pereira, hoje Delegado Estadual Aposentado, o JANJÃO, que naquele tempo era considerado o Garricha do futebo piauiense. Habilidade, empatia e velocidade assombrava os adversários.

o tempo passou, mas ficaram registrados esses momentos de deleite do nosso futebol. Lamentavelmente, hoje, não se vê mais essa empatia, mas sim oportunidades viciadas que mancham a filosofia do nosso futebol, que sempre foi prestigiado em todos os cantos do Brasil.

10/29/24

Lembranças de JERUMENHA

 

Esta é pra CHICO KANGURY - "PÉ EMBOLADO & "SE PEGA"!

A foto ao lado foi tirada nas águas do rio Gurguéia, em Jerumenha, quando essas "crianças" aprontavam, jogando bola.

Da esquerda para direita, observamos Chico kangury, Chico José, Antonio José do Dió e Firmino Pitombeira.

Chicolé conta em sua resenha no site FLORIANO EM DIA, que "após um treino, iam se refrescar nas águas do Rio Gurguéia na cidade de Jerumenha, acho até que ele nem lembra mais. Somos amigos desde a infância.

Pois bem, havíamos terminado de preparar um campinho que ficava perto de lá de casa, ali na Eurípides de Aguiar, próximo da casa do Sr. Geraldo Teles, pai do Zé Geraldo, do Carlos, do Nilson, era um time completo na casa dele na época e ao lado da casa do Joaquim José. Existia muito mato por lá, apesar de termos feito uma limpeza no capricho, muito carrapincho, mas restaram algumas raízes.

No Jogo de inauguração, eu estava jogando no mesmo time de nego kangury, parece-me que Junior do Sr. Antonio Sobrinho era o nosso goleiro (goleiro bom, mais novo do que a gente, arrojado e tinha uma elasticidade fora de série, às vezes ele chorava, a gente dava uma dura nele e ele fechava o angulo), sim, eu jogava de zagueiro central e saí da área com a bola dominada e gritei pro kangury: entra, compadre..., ele saiu feito um foguete, toquei a bola redondinha pra ele fazer o gol, do jeito que chegou na bola, meteu o pé embolado por baixo que levou bola e um punhado de raízes, chutando pra fora e caindo no chão segurando o pé. Aproximei-me dele e disse, se você tivesse chutado com calma tinha feito o gol. Ele respondeu: É... Ah se pega, tinha sido dentro, mestre.

O “se pega” ficou na história. E o melhor seria se se tivesse acertado mesmo, teria sido gol, tamanha a potência do chute. O nosso Denílson, só chutava com o peito do pé". 

Fonte: Chico Sobrinho

10/22/24

Times Antigos de Floriano

 

    PALMEIRAS

Segundo o Centro Cultural Teodoro Sobral, esse time do PALMEIRAS, foi fundado pelos piolhos de bola José Bruno dos Santos e o famoso Professor de Educação Física Abdoral Alves do Nascimento no ano de 1965.

Jogaram nessa boa equipe os fanáticos por futebol Antonio Guarda, Raimundo Bagana, Sadica (cracasso), Miguel (goleiro), Perereca e Bitonho (estes dois vieram do Piauí de Teresina, Zé de Tila e Carlos Pechincha.

Time quase imbatível, mas depois vieram outras formações como esse da foto junto com  outros craques de época.

10/02/24

Futebol de Salão

 Time do AJAX


Dentro do contexto romântico do futebol de salão de Floriano, na década de setenta, havia um time praticamente imbatível.

Era o AJAX, agremiação formada por jovens atletas do Colégio Estadual no ano de 1975.

O AJAX jogava por música e foi, na quadra do Comércio Esporte Clube, em 1975, que sagrou-se o campeão do torneio daquela temporada.

Sua formação básica, como observamos na foto, enviada pelo nosso amigo Evandro Vieira, tinha o Eduardo ( Jerumenha ), o goleiro Evandro e o meio de campo Carlinhos Meiota.

Abaixo, no ataque, nada mais nada menos do que os craques Eloneide e Mocó, que deixavam os adversários sem o mínimo poder de reação.

Trata-se de mais um registro da época de ouro de nosso desporto, que os anos não trazem mais, para delírio daqueles que presenciaram esse marco histórico do passado.

9/20/24

Retratos do nosso futebol

 

Dentro das quatro linhas, na época romântica do nosso futebol, não tinha pra ninguém. Gestores e futebolistas destacavam-se pela empatia que exerciam no contexto esportivo daquele tempo.

Gusto, Rafael, seu Milton, Pompéia, Galdino e um tanto outros que não dá pra listar porque é imensa, mas havia essa epopéia que despertavam toda uma sociedade envolta de projetos para a nossa juventude.

Semana do Esporte, Torneios de Férias de Inverno e Verão no Comércio Esporte Clube, Intermunicipal, Campo dos Artistas  e inúmeros campos estaplhados pelos quatro cantos da cidade revelavam craques para o nosso futebol.

Essa foto do Cruzeiro ilustra bem essa passagem maravilhosa do nosso futebol. O Estádio Mário Bezerra se tornava um campo de grandes jornadas, principalmente quando veio a Floriano aquele famoso Tiradentes de Alberto Silva com craques como Balula, Tinteiro e o famoso técnico Castilho.

Atualmente as modalidades são outras. Floriano está sem calendário, mas ainda alimentamos a esperança do retorno daquela hegemonia que tivemos no passado com esses novos valores que aqui e ali aparecem,.

Quem viver, verá.

9/17/24

Retratos do nosso futebol

 RENO ESPORTE CLUBE

Dentro do contexto romântico do nosso futebol, Floriano detinha a expressão de gestores empolgados com a empatia que o futebol proporcionava à sociedade local, dentre os quais o piolho de futebol José Amâncio, gestor e precursor de lances que o esporte bretão exaltou na época de ouro do nosso futebol.

O time do Reno era uma tradicional equipe que participava sempre das principais competições a nível local e uma das suas melhores formações é essa (da foto), quando José Amâncio convocara para disputar aqueles belos torneios de antigamente.

Podemos destacar dessa época na escalação o Zé de Rita, Vicente Xeba, Miguel da Véa Bela, o goleiro Guiné, Pedim do Ouro e o lateral Neco em pé.

Já agachados o saudoso ponteiro Paulo Borges que o ví jogar no Estádio José Meireles (Ferroviário), o alfaiate José Fernandes, Chapéu, Quinto e Gildécio agachados.

Hoje padecemos e carecemos de competições que possam alavancar a auto estima da juventude. O que se vê atualmente são festas e fuás de consumo que lotam os ambientes sem precedentes. Não que tememos pelo futuro dessas novas gerações, mas que precisamos revitalizar um pouco daquele brio que exportávamos para todos os cantos do mundo.

9/04/24

Faleceu Padre DJALMA - Depoimentos e Fotos

 

DEPOIMENTO I 

(Teodoro Sobral)

Estou muito triste c essa notícia da partida do Padre Djalma , era amigo da minha família desde que veio p cá em 1958 vindo de Roma onde tinha se ordenado, ele era bem diferente do Padre Pedro no modo de viver tanto c adultos como c crianças o que me levou a dizer: “Mamãe, o Padre Djalma só é padre na hora da missa. “Liderou os estudantes onde era professor nos ginásios de Floriano, comandou as Periguinacoes Estudantis que criou para a Igreja de Nossa senhora da Guia , vinham inclusive estudantes de outras cidades ; teve um ano ,1964, que foi no Aeroporto Velho onde foi botado uma Cruz registrando o evento , ficando a mesma por muitos anos lá no estacionamento. 

Depois que foi p RJ, Pe  Djalma vinha anualmente passar o aniversário dele em 11 de janeiro aqui em Floriano mostrando o apreço que tinha por n cidade. Passava um mês aqui e em 2 de fevereiro aniversário de minha mãe  ia em n casa rezar uma missa p ela . Lembro dele junto c meu pai e outros amigos lá em casa ouvindo operas e todos ficavam de olhos fechados como manda o ritual. 

Padre Djalma além de professor de português foi o primeiro Diretor do Ginásio Estadual da Escola Normal Monsenhor Lindolfo Uchoa; funcionou por muitos anos num prédio do Calisto Lobo na Praça Cel Borges onde funcionava o antigo Mercado. Hj é um prédio de 5 andares do Ivanildo , no térreo e o Bragança Hotel e nos outros andares aptos de aluguel

Enfim, tenho inúmeras lembranças do querido Padre Djalma e faço minhas as palavras dele na missa de sétimo dia da mãe dele : Não devemos  ficar tristes e sim alegres c pessoa maravilhosa que ele foi . Vai em paz Reverendo( como meu pai o chamava ).

DEPOIMENTO I I

Vassiliki

Hoje saio do meu hábito de não interagir em grupos de whatsapp para me juntar a  todos que tiveram o privilégio de, em algum momento, conviver com Padre Djalma. Saí de Floriano em 1964, com a lembrança do seu exemplo aninhada no meu coração. Ele me ensinou a olhar e ver a realidade. Quase sessenta anos depois,retomei o contato graças ao Teodorinho. Deixo aqui a mensagem que Padre Djalma enviou em 2022 e dá a dimensão do Ser Humano que era. Como dizem os gregos: Bom Paraíso! Que sua Memória seja eterna! A ele toda a minha Gratidão.

8/19/24

GRÊMIO – CAMPEÃO SENSACIONAL

 


PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

" UMA CIDADE SEM MEMÓRIA É UM POVO SEM HISTÓRIA "

DOS ANOS QUARENTA AOS DIAS ATUAIS:

O FUTEBOL DA CIDADE

GRÊMIO – CAMPEÃO SENSACIONAL

Por – Carlos Augusto ( o Pompéia / in memorian )

Transcrito do JORNAL DE FLORIANO DE 23 A 29 / 12 / 1979

Grêmio e Ferroviário realizaram no último domingo, no estádio Mário Bezerra, uma das partidas mais bem disputadas e emocionantes dos últimos tempos em nosso futebol.

Uma partida que durante toda a semana movimentou todos os desportistas locais, os quais esperavam com muita ansiedade o momento da pugna. Foi grande o número de apostas na cidade, já que Grêmio e Ferroviário possuem, inegavelmente, as duas maiores torcidas da Princesa do Sul.

MOVIMENTO DO PLACAR

Sabendo que o Grêmio se constituía num sério e terrível adversário, a moçada do Ferroviário entrou em campo disposta a decidir o jogo logo nos primeiros minutos, aproveitando-se do melhor entrosamento. Zé Bruno fazia o primeiro gol do encontro, aproveitando-se de uma falha gritante do miolo da zaga gremista, após um escanteio, cruzamento de Dedé e deixada espetacular de Guilherme Júnior. Este gol, logo no início da partida, mexeu com os nervos dos atletas do Grêmio, que partiram direto ao ataque e tentativa do seu gol de empate, faziam desordenadamente e disso o Ferroviário soube tirar proveito, alterando o placar para dois a zero, com mais um gol sensacional de Zé Bruno, desta feita, contando com a com a colaboração do goleiro Arudá ( 1 ).

Com esta vantagem, o Ferroviário achou que já era o dono absoluto da situação e começou a rebolar; enquanto isso, o Grêmio procurava se reencontrar em campo a ponto de chegar ao seu primeiro gol aos trinta e sete minutos, por intermédio de Edmar, num lindo gol, sem a menor chance de defesa para o goleiro Marquinhos, que por sinal, voltou a ser o melhor homem em campo.

Era o começo da reação gremista; no entanto, o Ferroviário ainda voltaria a marcar, num gol surpreendente e de muita sorte de Guilherme Júnior, que tentou pegar a bola de primeira e essa resvalou, pegando no lado externo da perna direita, deslocando inteiramente o goleiro Arudá. Eram quarenta e quatro minutos e o primeiro tempo terminou com a vitória parcial do Ferroviário por três tentos a um.

Na segunda etapa o Grêmio voltou mais estruturado. Sabendo que só a vitória lhe interessava e, como Gonzaga e Aroldo não estavam bem na partida, o treinador os substituiu por Luiz Cláudio e Zé Ligeiro, fazendo entrar mais tarde Joaquim José ( 5 ) em lugar de Arudá e Geremias ( 6 ) no lugar de Gilete.

Com isso o Grêmio ficou mais agressivo e o Ferrim começou a perder terreno dentro do campo. Com muita inteligência, Galdino colocou Ribinha ( 7 ) mais a frente e recuou Luiz Cláudio para o meio de campo e foi exatamente Ribinha que se constituiu na figura do jogo, marcando dois gols no tempo normal. O primeiro aos treze minutos e o do empate aos quarenta e três.

VITÓRIA NA PRORROGAÇÃO

De acordo com o regulamento da competição, os dois quadros partiram para a decisão numa prorrogação de trinta minutos. A essas alturas o Ferroviário se mostrava um time totalmente acabado fisicamente. Somente Zé Bruno ( 8 ) lutava bravamente lá na frente, mas não conseguia furar o bloqueio da defesa gremista.

Mas estava escrito que Ribinha seria o pré – destinado a dar o título de campeão do turno ao Grêmio e, aos doze minutos da segunda fase da prorrogação, ele viria a marcar aquele que seria o gol do título e do desespero da torcida do Ferroviário.

Os jogadores Chagas Velho e Herbrand foram expulsos pelo árbitro da partida Gildavan Sales.

JUIZ, QUADROS E RENDA

O juiz do encontro foi o senhor Gildavan Sales, tendo realizado uma excelente arbitragem, comprovando que é, realmente, um senhor árbitro de futebol. Seus auxiliares foram o fotógrafo José Maria de Souza e o taxista Washington Macedo ( 9 ), todos com bom trabalho.

Os quadros formaram da seguinte maneira:

GRÊMIO – Arudá ( Joaquim José ), Edvar, Pedrão ( 10 ), Zuega ( 11 ) e Gilete ( Geremias ); Edmar, Fábio ( 12 ) e Ribinha; Aroldo ( Zé Ligeiro ) ( 13 ), Gonzaga ( Luiz Cláudio ) e Chagas Velho.

FERROVIÁRIO – Marquinhos ( 14 ), Geraldo ( Chiquinho ), Jerumenha ( 15 ), Café e Carlos Alberto ( 16 ), Amaral, Herbrand e Guilherme Júnior ( 17 ); Mineiro, Zé Bruno e Dedé ( Carlinhos Meota ).

A renda do espetáculo foi apenas de R$ 2.405 cruzeiros.

NOTAS EXPLICATIVAS COMPLEMENTARES

ARUDÁ, neto do senhor do mesmo nome, comerciante e político da cidade, filho do saudoso Bucar, grande desportista, organizador de vários times em Floriano, como o famoso Palmeiras, Bonsucesso e que como o filho, era goleiro que no “ seu dia “, tornava-se invulnerável. Graças a interferência dele, junto a seu pai, o senhor Arudá que, como grande amigo do senhor Mário Bezerra, chefe do DNOCS aqui, conseguiu, com o mesmo, o uso de um trator na terraplanagem do terreno de onde surgiu o estádio que leva o seu nome.

GUILHERME JÚNIOR, filho de Guilherme Ramalho, que apareceu como uma grande promessa e a medida que o tempo passava foi declinando junto com a decadência dos clubes da época. Ele também era bom no futebol de salão, onde seu pai se apresentava muito bem como goleiro.

ZÉ VILMAR, irmão de Marquinhos, Paulinho e Carlinhos Meota, todos filhos do senhor Nelson Oliveira.

GEREMIAS, sempre como salvador da pátria durante o tempo em que jogou.

RIBINHA, jogador de fôlego excepcional e muito veloz.

ZÉ BRUNO, embora não fosse um jogador altamente técnico, era muito valente e por isso marcava muitos gols.

WASHINGTON, o taxista do Posto Floriano, sempre colaborava com o futebol, mesmo porque morava próximo ao estádio.

PEDRÃO, bom zagueiro e que participou, também, de vários torneios intermunicipais, morreu deixando saudades.

ZUEGA, grande craque, que com a fragilidade do nosso futebol, procurou novo rumo e se estabeleceu em Teresina, no Flamengo, onde tornou-se astro de primeira grandeza e onde encerrou sua carreira.

FÁBIO, irmão do Jerumenha, do Ferroviário, filhos de Emanuel Fonseca, grande craque do passado, defendendo o Ríver Atlético Clube.

CARLOS ALBERTO, valente lateral esquerdo, filho do senhor Honorato Padeiro.

Ainda na mesma edição do JORNAL DE FLORIANO ( de 23 a 29 / 12 / 1979 ), o competente Carlos Augusto, o Pompéia ( falecido ano retrasado ), nos informava:

“ Está confirmada para o dia 28 de dezembro próximo, no estádio Mário Bezerra, a festa dos velhinhos da bola. Os desportistas florianenses vão ter a oportunidade de rever em campo ex – atletas que no passado deram muitas alegrias ao nosso torcedor, dentre eles se destacaram: Parnaibano, Antonio Luiz Bolo Doce ( já falecido ), Antonio Guarda e Bagana ( a dupla que arrochava e jogava duros ), Poncion ( falecido recentemente ), Chapéu, Nouzinho ( também já falecido ), Beto, Neco, Babau, Pompéia e João Carlos além de outros craques da bola. Será uma tarde inteira de atrações no Mário Bezerra e contará com a presença da Banda de Música do 3º Batalhão da Polícia Militar e da Escola de Samba Mangueira “.

7/03/24

Cangati - RIFIRI, É DURO APANHAR, JAMÉ!

 

CANGATI é um fenômeno, vem ano, passa ano e ele continua a mesma coisa: nem diminui nem cresce, mas deixou de beber. Detalhe: agora, ele anda numa bicicleta proporcional a sua altura, parece um menino, mas deixa pra lá, pois não somos da pastoral da criança para estarmos medindo as pessoas.

Cangati no futebol já foi de tudo, dono de time, treinador, roupeiro, bandeirinha e, por último, rifiri que por sinal dos bons.

Uma passagem interessante desse famoso piolho na epopéia do estádio Mário Bezerra, quando Cangati era escalado para apitar, alguns jogadores mais desaforados, por serem maiores que ele, aproveitavam algumas deixas e o agrediam com pontapés (pensando que era um saco de lutador de boxe).

Alguns torcedores, porém, invocados com aquele procedimento inadequado por parte de alguns atletas, decidiram fazer uma vaquinha e compraram um peixeirinha de 2 polegadas (só servia para tirar escama de peixe), e deram para o nosso herói, orientando-o:

- Se partirem para lhe agredir, seja homi, puxe a bicha e enfrente que dá certo, tu vai ver!

- Vixe! Será que dá certo, véi?

- Dáááá, sim! Num se preocupe! Qualquer coisa, estamos lá enriba da arquibancada.

- Rapaz, daqui que vocês desçam pra me ajudar já muito tempo tô lascado!

Abre-se as cortinas e começa o espetáculo, bola vai, bola vem, de repente, num lance, Cangati marca falta, um dos famosos agressores, partira para cima. Cangati, num pulo de gato, quase que mortal, meteu a mão no cós do calção e puxara de uma bainha novinha feito especial para a peixeirinha, dizendo:

- Vem, cabra da peste, se tu é homi (O cabra saiu em disparada no rumo do matadouro, espantando até os urubus ali existentes, forçando os mesmos alçarem vôo de emergência!).

Moral da história: nunca mais agrediram o nosso querido e atuante rifiri.

Cangati, obrigado pela sua importante participação no futebol florianense!

Pesquisa: César / Colaboração: Lauro Cronemberger

5/20/24

Decisão do Campo dos Artistas

 

 Botafogo de Gusto e Fluminense de Everton disputavam a grande decisão do momento naquele domingo quente de julho no Campo dos Artistas. 

O detalhe é que o seu principal jogador, o Luiz Alberto, estava atrasado para o embate, por conta de que ainda não tinha enchido os potes, obrigação diária imposta pela sua genitora, a dona Maria Clinaura.

 Depois de completada essa tarefa, dona Maria Clinaura libera o menino e esse corre em disparada para o campo, de forma que desse tempo de jogar o restante da partida. 

Tendo em vista que o seu reserva CAFÉ o estava substituindo, provisoriamente, Ubaldo grita: "eita, Café, lá vem Luiz Alberto, ó..." Sabendo que iria ser mesmo substituído, Café simula uma contusão e cai, bufando: "rapaz, peguei uma fisgada aqui no joelho, ó... Vou ter que sair!"

FLUMINENSE DE TERESINA 1975


Em 1975 o Fluminense de Teresina ainda destacou-se e assustava adversários como River, Flamengo e Tiradentes com aquela formação e a direção de desportistas comprometidos com o nosso desporto.

À época, o futebol piauiense brilhava dentro de um contexto positivo e passava para os torcedores um brilho gigantesco, fazendo os nossos estádios ficarem lotados.

Acima, na foto, disputando o campeonato piauiense, observamos o Fluminense de 1975no estádio Albertão, com a escalação de Paulo Henrique, Wilson, Brígido, Valdivino, Luiz e Cesar em pé da esquerda para a direita;

Agachados, observamos o Antonio Wilson, Bola Sete, Mota, Gonçalo e Jair na ponta esquerda.

Atualmente, o futebol requer recursos e os investimentos são poucos. Nossos times não conseguem mais estabelecer planejamentos consistentes pra que o nosso futebol volte a brilhar.

2/23/24

Retratos do nosso futebol

 O LANCHE DECISIVO


O time do Palmeiras de Bucar participava de uma grande decisão na vizinha cidade de Guadalupe, por volta de 1965, mas como a estrada de acesso estava em péssimo estado de conservação, necessariamente, tiveram que viajar numa kombi pelo lado do Maranhão.

O time de Floriano, basicamente completo, com seus 11 titulares, de forma que quando chegaram nas proximidades de Boa Esperança, surpreendentemente, teriam que atravessar o Parnaiba de canoa à vela.

De repente, quando o jogador Sadica percebeu que o rio estava cheio e a correnteza forte, foi logo se alterando:

- Porra, vocês sabem muito bem que eu não sei nadar; portanto, tô fora desse jogo! Vão vocês! Eu não vou, certo?

A preocupação era deveras delicada naquele momento com o nosso craque Sadica, sabendo todos que a sua presença dentro de campo era fundamental naquela grande final e, por unanimidade, a pressão era necessária:

- Ora, ora, tu num vai o quê, homem de Deus! Hoje, tu vai ter que aprender a nadar; ou tu vai querer que a gente perca o jogo, hein? Essa canoa não vai virar, não! Fica tranquilo!

Finalmente, quando chegaram na concentração, por volta de 1 hora da tarde, a fome chega a apertar e os nossos jogadores começam a comer bolacha com guaraná.

De repente, depois que iniciara a partida, o zagueiro Zé de Tila começou a sentir-se mal, um embrulho na barriga, mas como não havia nenhum reserva, teve que ficar em campo.

O jogo era duro e o nosso atacante Antonio Luiz Bolo Doce fazia um golaço, mas Zé de Tila não estava conseguindo acompanhar o ponteiro corredor Chico de Hermínia e o mesmo acontecia com o time adversário; eram gols lá e cá, até que Bolo Doce, não agüentando mais, foi lá atrás da zaga, pegou no braço de Zé de Tila e disse:

- Vai fazer número lá frente, pra ver se a gente ganha o jogo, certo!?

Aí, então, todos caíram na gargalhada!
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Na foto acima, em pé - REGINALDO, SADICA, ANTONIO LUIZ, BITONHO, PRERERECA E OSMAR;agachados - ZILMAR, PECHINCHA, BAGANA, BUCAR, ANTONIO GUARDA, BRAHIM E PETRONIO em 1965

1/15/24

Álvaro, o arqueiro elástico

 

HOMENAGEM AO GOLEIRAÇO DO CORISABBÁ  ÁLVARO 

Álvaro Alexandre da Silva, nasceu em Campina Grande-PB em 30.03.1971, casado com a Sra. Jacira Maria Lima, agradecem pelos filhos que Deus os deu: Walkyson Ellery, Anália Priscilla e Douglas Fernando, funcionário Municipal, no estádio Tiberão onde foi Campeão Piauiense de Futebol de 1995 pelo Corisabbá.

Num papo descontraído com Álvaro, foi surgindo perguntas e respostas interessantes.

- Como você chegou ao time Corisabbá?

- Foi através do Arrudá Bucar, torcedor fanático do Ceará, e nos conhecemos em Fortaleza-CE.

- Como foi o convite para você jogar no Corisabbá?

- O início da minha carreira foi no Campinense, depois no América até chegar ao Ceará Sporting. Fiquei parado por um tempo, e voltei para Campina Grande-PB, quando fui contatado pelo Arrudá, me convidando para jogar em Floriano-PI, topei na hora, isso aconteceu em 1992, quando cheguei fiquei maravilhado com a cidade e com a organização da diretoria, com planejamento para ser campeão.

- Qual a formação do Corisabbá que você mais gostou de participar?

- Corisabbá de 1995, time entrosado e comprometido: Álvaro, Dênis, Carlos Silva, Dilvan, Júlio César, Andrade, Filinho, Valdo, Walberto, Bitonho e Fabinho.

- Você recorda de algum fato pitoresco do timaço Corisabbá?

- Rapazzzz o Corisabbá jogou sete vezes com o Caíçara de Campo Maior, e ganhamos todas, taca muita.

- Quais outros times que você jogou?

- Joguei nos times: Parnaíba, Oeiras, River, Moto Clube, Tocantinópolis, mas a minha grande paixão é o Corisabbá.

- Você se adaptou bem em Floriano?

- Amigo tem um ditado que diz: “Quem bebe da água do Rio Parnaíba, jamais esquece”, e, aconteceu comigo, fui mergulhar nas águas do Parnaíba, pisei num buraco, quase morri afogado, não só bebi água como entrou por todos os lados.

Pesquisa:
Adm.: César Augusto de Antonio Sobrinho
Floriano, 13 de dezembro de 2019.