11/05/24

Casa do Meladão

 

Corriam os anos de 1950. Aqui, a vivenda conhecida como “ Meladão “. Tratava-se de um sítio do senhor Antonio Anísio Ribeiro Gonçalves; e servia para fins de semana e lazer.

O Meladão, como era comumente chamado se transformou num lugar interessante, de reuniões, muita alegria e descontração. Seu Antonio Anísio, anfitrião de mão cheia, recebia regiamente seus amigos e seus ciclos mais chegados. Desde sexta feira à noite até domingo à tarde, nessa casa só se conhecia a palavra festa, churrasco, um bom vinho e o indispensável uísque Cavalo Branco ou o famoso Grant´s – três quinas.

Ali se reuniam, além do anfitrião e família, dona Rosita Borges Gonçalves, o grande político e médico doutor Tibério Barbosa Nunes, Amílcar Sobral, Alderico Guimarães, Chico Borges, Turene Martins, Afonso Fonseca, Zé Fontes, Inácio Carvalho, Antonio Nogueira, Edmundo Gonçalves.

Ali se tratava de política, vida em sociedade, assuntos os mais variados, sempre sob a assistência das esposas dos respectivos cidadãos. Rosita Borges, espirituosa, pontificava e era uma anfitriã impecável.
Enquanto o cheiro do carneiro assado ou a mão de vaca enchiam o ar daquele gostoso perfume de comida bem feita, a meninada – filhos e amigos do casal anfitrião, se deleitavam nas águas do riacho Meladão.
Sabe-se que o nome meladão nasceu tendo em vista a morte de um cavalo num dia cheio do riacho, e o animal era da cor castanho claro que muitos chamam de cavalo melado.

As reuniões do Meladão ficaram indeléveis na memória de Floriano e, hoje, revendo aquele sítio, sentimos grande saudade, ouvimos o chuá, chuá das águas do riacho, e parece, ouvimos o ruído do Land – Roover dirigido por dona Rosita, dobrando a curva fechada da estradinha de terra branca  e macia, e que fazia alvoroçoda a meninada.

Anos mais tarde, Antonio Anísio passou a propriedade para o senhor Edmundo Gonçalves e, hoje, ela pertence ao senhor Carlos Carvalho.
É um retalho muito interessante da vida florianense. Meladão. Suas figueiras enormes, sua velha faveira e uma pontinha de saudade.

Fonte: Flagrantes de uma cidade / Luís Paulo

Auto Esporte de Teresina 1975

 

Esse é o antigo time do Auto Esporte de Teresina, finalista do Campeonato Piauiense do ano de 1975. À época, essa formação era embuída de empatia e vontade de vencer com o entrosamento dos craques daquele tempo.

O ponteiro direito desse time nada mais nada menos era o nosso amigo João José Pereira, hoje Delegado Estadual Aposentado, o JANJÃO, que naquele tempo era considerado o Garricha do futebo piauiense. Habilidade, empatia e velocidade assombrava os adversários.

o tempo passou, mas ficaram registrados esses momentos de deleite do nosso futebol. Lamentavelmente, hoje, não se vê mais essa empatia, mas sim oportunidades viciadas que mancham a filosofia do nosso futebol, que sempre foi prestigiado em todos os cantos do Brasil.

10/29/24

Lembranças de JERUMENHA

 

Esta é pra CHICO KANGURY - "PÉ EMBOLADO & "SE PEGA"!

A foto ao lado foi tirada nas águas do rio Gurguéia, em Jerumenha, quando essas "crianças" aprontavam, jogando bola.

Da esquerda para direita, observamos Chico kangury, Chico José, Antonio José do Dió e Firmino Pitombeira.

Chicolé conta em sua resenha no site FLORIANO EM DIA, que "após um treino, iam se refrescar nas águas do Rio Gurguéia na cidade de Jerumenha, acho até que ele nem lembra mais. Somos amigos desde a infância.

Pois bem, havíamos terminado de preparar um campinho que ficava perto de lá de casa, ali na Eurípides de Aguiar, próximo da casa do Sr. Geraldo Teles, pai do Zé Geraldo, do Carlos, do Nilson, era um time completo na casa dele na época e ao lado da casa do Joaquim José. Existia muito mato por lá, apesar de termos feito uma limpeza no capricho, muito carrapincho, mas restaram algumas raízes.

No Jogo de inauguração, eu estava jogando no mesmo time de nego kangury, parece-me que Junior do Sr. Antonio Sobrinho era o nosso goleiro (goleiro bom, mais novo do que a gente, arrojado e tinha uma elasticidade fora de série, às vezes ele chorava, a gente dava uma dura nele e ele fechava o angulo), sim, eu jogava de zagueiro central e saí da área com a bola dominada e gritei pro kangury: entra, compadre..., ele saiu feito um foguete, toquei a bola redondinha pra ele fazer o gol, do jeito que chegou na bola, meteu o pé embolado por baixo que levou bola e um punhado de raízes, chutando pra fora e caindo no chão segurando o pé. Aproximei-me dele e disse, se você tivesse chutado com calma tinha feito o gol. Ele respondeu: É... Ah se pega, tinha sido dentro, mestre.

O “se pega” ficou na história. E o melhor seria se se tivesse acertado mesmo, teria sido gol, tamanha a potência do chute. O nosso Denílson, só chutava com o peito do pé". 

Fonte: Chico Sobrinho

10/22/24

Times Antigos de Floriano

 

    PALMEIRAS

Segundo o Centro Cultural Teodoro Sobral, esse time do PALMEIRAS, foi fundado pelos piolhos de bola José Bruno dos Santos e o famoso Professor de Educação Física Abdoral Alves do Nascimento no ano de 1965.

Jogaram nessa boa equipe os fanáticos por futebol Antonio Guarda, Raimundo Bagana, Sadica (cracasso), Miguel (goleiro), Perereca e Bitonho (estes dois vieram do Piauí de Teresina, Zé de Tila e Carlos Pechincha.

Time quase imbatível, mas depois vieram outras formações como esse da foto junto com  outros craques de época.

10/02/24

Futebol de Salão

 Time do AJAX


Dentro do contexto romântico do futebol de salão de Floriano, na década de setenta, havia um time praticamente imbatível.

Era o AJAX, agremiação formada por jovens atletas do Colégio Estadual no ano de 1975.

O AJAX jogava por música e foi, na quadra do Comércio Esporte Clube, em 1975, que sagrou-se o campeão do torneio daquela temporada.

Sua formação básica, como observamos na foto, enviada pelo nosso amigo Evandro Vieira, tinha o Eduardo ( Jerumenha ), o goleiro Evandro e o meio de campo Carlinhos Meiota.

Abaixo, no ataque, nada mais nada menos do que os craques Eloneide e Mocó, que deixavam os adversários sem o mínimo poder de reação.

Trata-se de mais um registro da época de ouro de nosso desporto, que os anos não trazem mais, para delírio daqueles que presenciaram esse marco histórico do passado.

9/20/24

Retratos do nosso futebol

 

Dentro das quatro linhas, na época romântica do nosso futebol, não tinha pra ninguém. Gestores e futebolistas destacavam-se pela empatia que exerciam no contexto esportivo daquele tempo.

Gusto, Rafael, seu Milton, Pompéia, Galdino e um tanto outros que não dá pra listar porque é imensa, mas havia essa epopéia que despertavam toda uma sociedade envolta de projetos para a nossa juventude.

Semana do Esporte, Torneios de Férias de Inverno e Verão no Comércio Esporte Clube, Intermunicipal, Campo dos Artistas  e inúmeros campos estaplhados pelos quatro cantos da cidade revelavam craques para o nosso futebol.

Essa foto do Cruzeiro ilustra bem essa passagem maravilhosa do nosso futebol. O Estádio Mário Bezerra se tornava um campo de grandes jornadas, principalmente quando veio a Floriano aquele famoso Tiradentes de Alberto Silva com craques como Balula, Tinteiro e o famoso técnico Castilho.

Atualmente as modalidades são outras. Floriano está sem calendário, mas ainda alimentamos a esperança do retorno daquela hegemonia que tivemos no passado com esses novos valores que aqui e ali aparecem,.

Quem viver, verá.

9/17/24

Retratos do nosso futebol

 RENO ESPORTE CLUBE

Dentro do contexto romântico do nosso futebol, Floriano detinha a expressão de gestores empolgados com a empatia que o futebol proporcionava à sociedade local, dentre os quais o piolho de futebol José Amâncio, gestor e precursor de lances que o esporte bretão exaltou na época de ouro do nosso futebol.

O time do Reno era uma tradicional equipe que participava sempre das principais competições a nível local e uma das suas melhores formações é essa (da foto), quando José Amâncio convocara para disputar aqueles belos torneios de antigamente.

Podemos destacar dessa época na escalação o Zé de Rita, Vicente Xeba, Miguel da Véa Bela, o goleiro Guiné, Pedim do Ouro e o lateral Neco em pé.

Já agachados o saudoso ponteiro Paulo Borges que o ví jogar no Estádio José Meireles (Ferroviário), o alfaiate José Fernandes, Chapéu, Quinto e Gildécio agachados.

Hoje padecemos e carecemos de competições que possam alavancar a auto estima da juventude. O que se vê atualmente são festas e fuás de consumo que lotam os ambientes sem precedentes. Não que tememos pelo futuro dessas novas gerações, mas que precisamos revitalizar um pouco daquele brio que exportávamos para todos os cantos do mundo.