CHEQUINIM ... e o vento levou!
Em meados dos anos noventa, domingo em Parnaíba, sol, muito vento, mulheres belíssimas; ocorre que de repente um carro de som passa na praia e anuncia um dos grandes clássicos do futebol piauiense, o duelo das cidades-princesas, o representante do Iguaraçú, Parnaíba versus Corisabbá da Princesa do Sul.
Largamos tudo e fomos assistir o espetáculo. Início de jogo, o vento fortíssimo e o esquadrão azulino, muito esperto, escolhera ficar a favor do vento, diga-se de passagem o 12º jogador, e não deu outra: em poucos minutos, o primeiro gol da peleja, o vento tornou num despretensioso chute, um verdadeiro petardo (lembrando o craque Tassú) a favor do Parnaíba; no entanto, o Cori-Sabbá, um time guerreiro, partiu pra cima, mas não estava dando, pois o vento tornara-se uma grande barreira.
Encerrado o primeiro tempo, um a zero a favor do tubarão. Vem o segundo tempo, cori indo para o abafa e o vento, agora, a nosso favor, chutão pra cá e pra lá e as poucas bolas que iam em direção do gol, o goleiro adversário ia pegando tudo. O técnico Mocó, dada a circunstância, analisara e decidira: é agora ou nunca, olhou para o banco e viu falando pelos cotovelos o exímio cobrador de falta e escanteio, o nosso famoso CHEQUINIM, mas só liberou a sua entrada em campo faltando poucos minutos.
CHEQUINIM, astuto que só, ficara estudando o posicionamento do goleiro adversário, pois era tipo uma mania do craque ficar analisando o adversário, já estava acostumado a fazer isso no interior de Barão de Grajaú. Quando o apitador autorizou sua entrada, aconteceu um escanteio e, malandramente, cobrara de propósito sem nenhum perigo e o técnico Mocó deu-lhe uma bronca terrível, mas o meia ficara pensando: "vou surpreender todo mundo", segundo ele, o lance anterior era para enganar o goleiro adversário, e não deu outra: aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, em cima das buchas, o desespero já tomava conta dos poucos torcedores que ali estavam, da diretoria e do banco do cori, pois o time precisava de um simples empate para se classificar.
Numa bobeira da zaga, outro escanteio: era tudo o que CHEQUINIM esperava, colocou a pelota com muito carinho na marca da cal e o árbitro autoriza; o craque deu uma trivela espetacular, coisa de craque, a bola partiu no rumo da marca do pênalti, e o vento levou, levou, levou... e marcara um golaço, lá onde a coruja dorme.
A correria foi tamanha para abraçar o grande herói da batalha do vento. CHEQUINIM, de repente vê Mocó caminhando em sua direção para abraçá-lo, e dizendo
- CHEKI, você é ROCHEDO!
Foi aí que ele pensou: "é agora, vou descontar os xingamentos do professor", e, com o dedo em riste, dissera ao técnico:
- "VAI PRÁ LÁ, TRAÍRA...
E saira com aquele sorriso maroto que lhe é peculiar.
Pesquisa: César Augusto / Colaboração: Júlio César - ex-lateral esquerdo do Corisabbá e centro-avante do Princesa do Sul e peladeiro na AABB, conhecedor profundo das resenhas de Chequenim. Na foto, Cheque ladeado com os amigos Galdino, Paulo e Jeremias.
Em meados dos anos noventa, domingo em Parnaíba, sol, muito vento, mulheres belíssimas; ocorre que de repente um carro de som passa na praia e anuncia um dos grandes clássicos do futebol piauiense, o duelo das cidades-princesas, o representante do Iguaraçú, Parnaíba versus Corisabbá da Princesa do Sul.
Largamos tudo e fomos assistir o espetáculo. Início de jogo, o vento fortíssimo e o esquadrão azulino, muito esperto, escolhera ficar a favor do vento, diga-se de passagem o 12º jogador, e não deu outra: em poucos minutos, o primeiro gol da peleja, o vento tornou num despretensioso chute, um verdadeiro petardo (lembrando o craque Tassú) a favor do Parnaíba; no entanto, o Cori-Sabbá, um time guerreiro, partiu pra cima, mas não estava dando, pois o vento tornara-se uma grande barreira.
Encerrado o primeiro tempo, um a zero a favor do tubarão. Vem o segundo tempo, cori indo para o abafa e o vento, agora, a nosso favor, chutão pra cá e pra lá e as poucas bolas que iam em direção do gol, o goleiro adversário ia pegando tudo. O técnico Mocó, dada a circunstância, analisara e decidira: é agora ou nunca, olhou para o banco e viu falando pelos cotovelos o exímio cobrador de falta e escanteio, o nosso famoso CHEQUINIM, mas só liberou a sua entrada em campo faltando poucos minutos.
CHEQUINIM, astuto que só, ficara estudando o posicionamento do goleiro adversário, pois era tipo uma mania do craque ficar analisando o adversário, já estava acostumado a fazer isso no interior de Barão de Grajaú. Quando o apitador autorizou sua entrada, aconteceu um escanteio e, malandramente, cobrara de propósito sem nenhum perigo e o técnico Mocó deu-lhe uma bronca terrível, mas o meia ficara pensando: "vou surpreender todo mundo", segundo ele, o lance anterior era para enganar o goleiro adversário, e não deu outra: aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, em cima das buchas, o desespero já tomava conta dos poucos torcedores que ali estavam, da diretoria e do banco do cori, pois o time precisava de um simples empate para se classificar.
Numa bobeira da zaga, outro escanteio: era tudo o que CHEQUINIM esperava, colocou a pelota com muito carinho na marca da cal e o árbitro autoriza; o craque deu uma trivela espetacular, coisa de craque, a bola partiu no rumo da marca do pênalti, e o vento levou, levou, levou... e marcara um golaço, lá onde a coruja dorme.
A correria foi tamanha para abraçar o grande herói da batalha do vento. CHEQUINIM, de repente vê Mocó caminhando em sua direção para abraçá-lo, e dizendo
- CHEKI, você é ROCHEDO!
Foi aí que ele pensou: "é agora, vou descontar os xingamentos do professor", e, com o dedo em riste, dissera ao técnico:
- "VAI PRÁ LÁ, TRAÍRA...
E saira com aquele sorriso maroto que lhe é peculiar.
Pesquisa: César Augusto / Colaboração: Júlio César - ex-lateral esquerdo do Corisabbá e centro-avante do Princesa do Sul e peladeiro na AABB, conhecedor profundo das resenhas de Chequenim. Na foto, Cheque ladeado com os amigos Galdino, Paulo e Jeremias.