Um
dos pontos mais fortes de Luiz Orlando, ex- craque do futebol de poeira de
Floriano, no período romântico, ( ele é o ponta de lança da foto ao
lado do time do Cruzeiro de 1971 no Mário Bezerra ), era a
catimba e, inclusive, ele destaca um lance engraçado, que ele contava sempre
com saudades:
“tratava-se
de uma partida disputadíssima, acirrada no Campo dos Artistas, por volta de
sessenta e sete. Botafogo de Gusto contra o nosso maior rival, o Flamengo de
Tiberinho (perder pra eles era um trauma terrível), até hoje esse lance é
conhecido como o GOL REPLAY, sem televisão, pode?
Mas
você vai perceber como pode. Começa o jogo e, logo aos vinte minutos, o
Flamengo de Tiberinho faz 1 a 0. Encerrado o primeiro tempo, no intervalo,
conversamos o que poderíamos fazer, o jeito era ir pra cima, para o ataque, não
podíamos de maneira alguma perder essa grande decisão.
Bola
rolando na segunda etapa e, logo na metade do tempo, há uma falta a nosso
favor, próximo da grande área. O Flamengo compôs a barreira, Janjão lançou a
bola e eu entrei impedido de cabeça e ... golaço, foi aquela alegria, mas
quando olhamos para o juiz Vicente XEBA, estava anulando o gol, corri pra cima
dele com atitude e comecei, então, a dialogar com o velho mestre do apito,
mostrando várias saídas para resolver o impasse, quando, de repente, propus:
pois repita a falta. O homem gostou da idéia e colocou a bola para ser cobrada
a falta novamente e, engraçado, foi do mesmo jeito, Janjão correu, lançou a
bola eu entrei de cabeça, fazendo o gol, foi o replay do primeiro gol, os
torcedores foram à loucura!
Empatamos
o jogo e, no final, todos ficaram felizes, inclusive Vicente XEBA, que tinha
moral e categoria.
Em tempo: Luiz Orlando (in memória) é o centroavante acima do time do Cruzeiro de Nanan (quando jogou no estádio Mário Bezerra com a camisa emprestada do time do Vila Nova do Matadouro).
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