Time do Comércio dos anos de 1950 |
Time do Comércio dos anos de 1950 |
São Paulo de Carlos Sá 1964 |
Torneio do Campo dos Artistas
ERAM,
ainda, os idos dos saudosos anos sessenta. Como sempre tenho abordado, o
Campo do Artista era o palco dos campeonatos amadores de Floriano, o
qual tinha como pano de fundo um frondoso cajueiro, onde se agrupavam
atletas, cartolas, enfim, todos aqueles que, de certa forma, ajudavam ou
atrapalhavam os espetáculos futebolísticos.
Pois
bem, chegara, então, o dia do torneio início daquela temporada, torneio
esse que preambulava o campeonato de amadores. Campo do Artista - 1964.
Para
a realização de tal evento, o Gusto, dono do time do Botafogo, e seu
presidente, e também como membro da liga organizadora do campeonato,
encomendara ao senhor Raimundo Beirão, renomado carpinteiro da cidade,
as traves que seriam postadas no estádio.
Como
combinado, tudo foi feito. Confeccionadas as traves, foram estas
cuidadosamente fincadas nos extremos do campo, nos seus mínimos
detalhes, como exigido nas regras do futebol.
O
campo estava uma beleza e o dia maravilhoso para a prática do futebol,
dado que até São Pedro mandara uma boa rajada de chuva par sedimentar o
areão.
Dada a magnitude do evento, outro não poderia deixar de ser, o árbitro da partida, senão o famoso Vicente Xeba.
Tabela
pronta, time equipados, disputariam a primeira partida o Santos de Pulu
e o Botafogo de Gusto, sendo que todas as equipes, São Paulo de Carlos
Sá, Caiçara, Flamengo de Tiberinho, Bangu do Bosque e outras, já
encontravam-se equipadas e aquecidas para os embates.
Tudo
bem, não fosse o incidente surgido naquela ocasião, em virtude de o
dinheiro arrecadado pelo Gusto não ter sido suficiente para ocorrer como
pagamento ao artífice Raimundo Beirão.
Ante
esse fato, incontinenti, o seu Beirão, com a ajuda de seu auxiliar de
serviços, arrancou as traves e levou-as de volta para a sua oficina, não
obstante os apelos e as promessas de todos os que ali se encontravam de
que a grana não demoraria.
Sem
traves, restou aos cartolas a discussão sobre a realização, ou não, do
torneio, muito embora soubessem que esta realização, em última
instância, seria decidida pelo grande Xeba.
Assim sendo, dirigiram-se todos até o famoso rifiri, sendo que este, de dedo em riste, bradava:
“num
quero nem saber; num quero choro; vai ter jogo; faz as trave de talo de
coco; num precisa travessão; num precisa dizer que gol só vale
rasteiro...”
Dito
isso, apitando bem alto e forte, Vicente Xeba adentrou o campo, numa
corrida cadenciada, em marcha a ré, concitando, com as mãos, alternadas,
e cadenciadamente, a entrada dos alvinegros ao centro do belo areal.
Floriano Futebol Clube de Zé Bruno |
FLORIANO DE ZÉ BRUNO
Era dono de oficina perto de Chiquinho de Benito, Chico Carimbó, Manoel preto, Neivan é o goleiro, Neguim, Piloto, Café, o de chapéu e o de bigode conheço mas não lembro os nomes, Lauro Cronemberg, Ajuri, Zé Bruno, Chiquinho de Benito, Roupeiro meu amigo, perdão pelo esquecimento, Loiola e outro diretor do Floriano conhecido. ( Em pé)
Adail, Chiquinho Rasteirinha, Dito, Geldo, Zé Carlos, Carlito do Bruno, Eloneide e Demerval Beterraba. ( Agachados).
Uai massagista , Zezinho marceneiro, no final. Próx. Ao Lauro Zé Maria da caixa e Joaquim grafite
Acervo: José Firmino |
Obrigado, mas acho que a foto foi feita pelo Leuter Epaminondas e faz parte do arquivo do meu amigo José Firmino Nogueira Neto que está na foto e reside no Rio de Janeiro.
O ambiente era a redaçao da voz do estudante que nessa época funcionava na casa de uma tia de Cristovao Augusto na rua marechal Pires Ferreira.
Um abraço.
Foto: Severino Filho (o BUIM) |
Seu Milton das Casas das Roupas, o antigo vereador Desdete Macrrão (entusiasta), Merval Lúcio, Nelson Oliveira, Nazareno Araújo, Luiz Meireles e tantos outros trabalhavam em torno do desenvolvimento do nosso futebol com o Ferroviário de Floriano, que chegou a disputar o campeonato piauiense nos anos de 1964, 1965 e 1966 fazendo boas campanhas.
Pompéia, SADICA, Rômulo, Zequinha, Vicentinho, Valdivino, Lino, Veludo, Didi, Sóstenes, Fortaleza, Popó, João Maiô, Cristovão, Zezeca, Jeremias e tantos outros aos domingos brilhavam no estáddio José Meireles.
Na foto acima, do acervo do nosso amigo Severino Filho, observamos à direita, agachado, o nosso craque Sadica, quando passou pelo River no ano de 1958, sagrando-se campeão naquela temporada. Sadica ainda atuou em Parnaiba, espetacularmente.
Hoje estamos sem calendário, mas ainda há por ai algumas promessas de novos dirigentes querendo soerguer o nosso futebol. Oxalá isso aconteça e o nosso esporte bretão possa voltar a brilhar novamente.
Abdoral |
Faleceu recentemente o nosso grande professor de Educação Física Abdoral Alves do Nascimento. Trabalhou no Estadual, Normal e em diversos colégios e grupos escolares de Floriano ensinando a sua arte no campo e nas atitudes do dia a dia, onde aprendíamos bastante com as aulas.
Time do Palmeiras |
Segundo Teodoro Sobral, lembra perfeitamente, dele! Um adepto fervoroso do futebol. Centroavante raçudo e vigoroso. Um verdadeiro touro. Não fugia das divididas. O seu pai chamava-se Gaudêncio (?). Lamento a morte do professor Abdoral, ele foi professor de Educação Fisica de toda nossa geracão que estudou no Estadual na decada de 60.
Como tinha sido militar na Vereda grande, tinha o jeitão de austero e os meninos da faixa de 12anos, tinham um certo medo dele. Mas, uma vez o peitei: minha mãe foi me deixar de carro lá no Campo do Artistico, aí a turma não saiu do meio da rua, deixando-a nervosa . Aí Abdoral como punição botou todos para pagarem varias flexões. Aí eu disse: eu não farei, pois eu estava dentro do carro. Minha mãe. Vocêvai fazer também. Nao vou. Ele então me suspendeu da aula. Meu pai depois foi falar com ele e se entenderam. E eu gostava dele, foi só uma atitude de todo poderoso e por mim não colou, concluí Teodoro.
HOMENAGEM DO PORTAL
ABDORAL - GARIMPEIRO DE CRAQUES!
Veteranos de Floriano |
No
passado, o futebol de Floriano despontava pelos quatro cantos do
Brasil, encantava e disseminava grandes alegrias. A nossa sociedade
levantava essa bandeira de maneira ímpar e com a empatia que
transbordava a gregos e troianos.
O Ferroviário, o Artístico, o
CRB e, até o famoso Cori-Sabbá ainda conseguiu expor de maneira
brilhante o nosso futebol com grandes craques como Walberto, Bitonho,
Caraolho e outros, conseguindo levantar o troféu de campeão do
campeonato piauiense de 1995 com garra e galhardia, chegando a bater o
Botafogo do Rio pela Copa do Brasil daquele grande momento.
O detalhe é que não sabemos o porquê o nosso futebol entrou em decadência e não está mais conseguindo alavancar a nossa hegemonia. Cidade como Altos é que está dominando tudo. Os nossos dirigentes, gestores e entusiastas do nosso esporte desapareceram e não dão mais o ar da graça.
Na foto acima, observamos velhos amigos veteranos recordando o seu tempo, como
Bagana, Gil Marinho, Lauro, Pompéia, João Pinto, Jeremias, e Nozinho;
Poncion, Zé Fernandes , Grilo, Pepedro e Selvu.